Eleição de Renan Calheiros será menos fácil do que o previsto No Jornal do Commercio desta quinta-feira Apesar de ser o favorito na disputa pela presidência da Casa, mesmo após ter renunciado ao cargo, em 2007, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) a cada dia enfrenta mais resistências ao seu nome.

Ontem à tarde, os senadores do PSB anunciaram que rejeitam a candidatura de Renan.

A decisão foi tomada pelos senadores do PSB após um encontro no gabinete da líder da bancada, Lídice da Mata (BA).

Hoje será a vez da bancada do PSDB tomar a mesma posição.

PMDB resolve crise na bancada e se une em torno de Renan Calheiros Com duas páginas, a nota divulgada pelo PSB ontem cobra uma plataforma para “melhorar a imagem da Casa”, sem mencionar, entretanto, o nome de Renan.

Os socialistas afirmam que, caso o PMDB não mude de candidato, podem apoiar até os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) ou Pedro Taques (PDT-MT), que também devem concorrer. “Devemos, portanto, utilizar esta oportunidade para encontrar a melhor maneira para recuperar a credibilidade desta Casa”, afirma o documento, subscrito pelos quatro senadores do partido: Antônio Carlos Valadares (SE), João Capiberibe (AP), Lídice da Mata (BA) e Rodrigo Rollemberg (DF).

Grupo pode apoiar o pedetista Pedro Taques, do Mato Grosso… …ou ainda Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que trabalha uma candidatura ao Planalto Hoje a bancada do PSDB, formada por 11 parlamentares, deve formalizar decisão no mesmo sentido da tomada pelo PSB.

Líder dos tucanos, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que o partido não pode defender o retorno de Renan, pois isso traria de volta o desgaste à instituição.

Antes, o grupo de senadores que se diz independente, como Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Pedro Taques (PDT-MT), também já tinha se colocado publicamente contra Renan.

O peemedebista foi denunciado criminalmente na sexta-feira passada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

O chefe do Ministério Público Federal acusou Renan de ter se valido de notas fiscais frias para dizer que tinha patrimônio para arcar com as despesas pessoais de uma filha fora do casamento.

Mesmo diante da denúncia, os peemedebistas devem oficializar hoje o nome de Renan para concorrer à presidência do Senado.

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