No Jornal do Commercio desta quarta-feira Incorporada no papel de candidata à reeleição e para intensificar a presença no Nordeste, a presidente Dilma Rousseff atacou ontem a oposição em discurso durante inauguração de um parque eólico em Barra dos Coqueiros, na região metropolitana de Aracaju (SE).
Ao comentar o cenário do setor elétrico, alvo da mais recente briga com os tucanos, Dilma disse que, antes, as empresas estatais estavam proibidas de investir porque a “ideia era privatizá-las”. “Ao mesmo tempo, o setor privado não sabia e não tinha garantias de estabilidade para investir”, atacou a presidente, dizendo que nada funcionava na época, “inclusive o mercado atacadista de energia”. “Quando iniciamos o processo (de reforma no setor elétrico), a primeira coisa que fizemos foi deixar todo mundo voltar a investir.” Eduardo Campos trabalha sua imagem entre os sergipanos O discurso de Dilma retomou o tom incisivo adotado na semana passada, quando foi anunciada a redução no valor da tarifa da energia elétrica em rede nacional de rádio e televisão.
A postura combativa da presidente foi acompanhada pelas demais autoridades presentes à cerimônia - o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), garantiu que o Brasil tem “absoluta segurança energética para o seu crescimento”, criticando o “tsunami de desinformação” criado pelos “arautos da desgraça”.
Também ontem, o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP), que assume a liderança da bancada tucana da Câmara em fevereiro, entregou à Procuradoria-Geral da República uma representação movida pelo partido.
O PSDB acusa a presidente Dilma de ter feito campanha antecipada no pronunciamento da semana passada em cadeia de rádio e TV no qual anunciou a redução da conta de energia.