Por Débora Duque No Jornal do Commercio desta quinta-feira O conselho do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sofrerá uma alteração ainda neste primeiro semestre.

Ao completar 70 anos no dia 29 de abril, o conselheiro Romário Dias deixará o cargo em virtude da aposentadoria compulsória e já se prepara para voltar ao ramo da política.

Sua vaga será ocupada por um nome indicado pela Assembleia Legislativa.

Porém, nos bastidores, é o governador Eduardo Campos (PSB) quem trabalha para que os deputados contemplem um fiel aliado: o secretario estadual de Agricultura, Ranilson Ramos, ainda filiado ao PSB (se for mesmo indicado terá que ficar filiação partidária).

Romário Dias ingressou na Corte de contas há apenas seis anos, na cota da Assembleia.

Quando assumiu o cobiçado cargo de conselheiro do TCE, em 2007, ele deixou para o filho a tarefa de cuidar do capital eleitoral acumulado ao longo de seis mandatos, sendo um como vereador do Recife e cinco como deputado estadual.

O herdeiro, Leonardo Dias (PSB) ocupa hoje um assento no Legislativo e poderá, a partir de 2014, dividir o espaço com o pai.

Romário estuda a possibilidade de disputar, junto com o filho, a eleição para deputado estadual em 2014.

Também analisa a possibilidade de trabalhar em duas frentes, com um concorrendo à Câmara Federal e outro à Assembleia. “Ainda estou vendo como vou fazer.

Uma das coisas que está no meu sentimento é voltar à política.

Mas jamais seria candidato para prejudicar meu filho.

Estamos analisando prós e contras de cada possibilidade”, declarou.

Ex-DEM, Romário diz ter simpatia, hoje, pelo PSB de Eduardo.

O salário de R$ 25 mil mensais, fora benefícios, tornam a vaga de conselheiro do TCE bastante disputada.

Na Assembleia - que, salvo algumas exceções, tem o costume de indicar “pratas da casa” - a informação é de que o deputado Sebastião Oliveira (PR) estaria interessado na indicação.

Mas é Ranilson, ex-deputado estadual, que aparece como favorito devido à sua fidelidade ao governador que teria uma oportunidade de “retribuí-lo” pelas “missões” já desempenhadas.

No ano passado, ele abriu mão de disputar a Prefeitura de Petrolina para evitar conflitos internos com o correligionário Fernando Bezerra Filho (PSB).

Com maioria folgada no Legislativo, dificilmente haverá obstáculos para o governador emplacar a indicação.