Entre a cruz e a espada, Dilma não pode ficar mal com Têmer nem com Eduardo A presidência vem passando por apertos na tentativa de acomodar seus dois aliados mais fortes nacionalmente: o PMDB e o PSB.
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, declarou que o Planalto “não tem preferência” pelos peemedebistas nas disputas da presidência do Senado e da Câmara Federal.
O nome para substituir José Sarney (PMDB) na presidência do Senado é o do tarimbado Renan Calheiros (PMDB).
Na concorrência, Randolfe Ropdrigues (PSOL) tem poucas chances.
Os peemedebistas têm a maior bancada do Senado e, como de costume, têm preferência para presidir a Casa.
Já a disputa na Câmara é mais delicada.
O candidato do PMDB, Henrique Eduardo Alves (PMDB) enfrenta o parlamentar Júlio Delgado, do PSB.
O “combinado” era que PT e PMDB se revezassem na presidência da Câmara.
Mas pelo visto não combinaram com o PSB de Eduardo Campos, que busca espaços de destaque na consolidação de sua imagem nacionalmente.
O Planalto, precisando agradar o PMDB e lutando para que o PSB não descole da base governista, procura um jeito manter uma boa relação com os dois aliados.
O PMDB sustenta o Governo.
O PSB ameaça disputar o Planalto.
Em situação complicada, não podem admitir a preferência pelo PMDB.
Ainda mais esta semana, em que Dilma tem uma reunião com Lula, na sexta-feira, para discutir justamente a articulação política para amarrar os dois fortes aliados na base.
As duas siglas brigam por espaços de destaque em Brasília.
O PMDB, maior partido do país e aliado fiel de Dilma - pelo menos enquanto ela estiver no poder -, já olha com ciúmes para o PSB, que saiu muito fortalecido nacionalmente após às últimas eleições municipais.