A história do PT do jeito que Dirceu contou: o mensalão não existe.

Nascido em 10 de fevereiro de 1980, num vácuo político criado pela repressão do regime militar aos partidos comunistas tradicionais e a ausência de siglas de esquerda, o Partido dos Trabalhadores (PT) completa, em 2013, 33 anos.

Considerado um dos maiores movimentos de esquerda da América do Sul, a legenda tem sua história detalhada em três livros - que infelizmente ignoram o “mensalão”. “O Partido dos Trabalhadores e a política brasileira (1980-2006)”, de Vitor Amorim e Marco Antônio Villa; “A trajetória da Democracia Socialista: da fundação do PT”, de Vitor Amorim de Ângelo; e “Dos sindicatos ao governo: a organização nacional do PT de 1980 a 2005”, de Floriano Ribeiro, detalham desde a fundação do partido, passando pela sua estruturação nacional até alcançar o poder, com a eleição de Lula para presidente do Brasil.

Só esqueceram do mensalão.

O último dos três livros até tinha espaço para isso, já que tratou da organização do partido nos primeiros anos no Governo Federal.

Mas o autor optou por só avaliar os três primeiros anos de Lula, ignorando o fim de 2005, quando eclodiu o escândalo do “mensalão” - esquema de compra de votos de parlamentares, encabeçado pelo ministro da Casa Civil, José Dirceu (PT), e pelo então presidente nacional do PT, José Genoíno.