Foto: Guga Matos/JC Imagem Por Cesar Cavalcanti, consultor de transportes urbanos O Recife, a exemplo de todos os outros municípios brasileiros, inicia neste mês de janeiro, sua mais recente administração, capitaneada pelo Prefeito eleito no ano passado.
Os desafios a serem enfrentados são muitos, porém se diferenciam pela magnitude de sua influência sobre o bem estar da população e pelo grau de complexidade/custo envolvidos em seu tratamento, o que lhes confere uma hierarquia praticamente unânime.
Nesta hierarquia, que se alonga por cerca de 15 setores, despontam segurança, saúde, educação, transporte e desemprego como aqueles que exigem a maior prioridade possível das ações governamentais, pela amplitude de suas negativas repercussões sociais e/ou pela intensidade com que afetam os habitantes da cidade, o desempenho de sua economia e o meio ambiente urbano.
Neste contexto, não podemos esquecer que, a definição de soluções adequadas para os complexos problemas enfrentados por esses setores requer, além do bom senso que deve permear as iniciativas racionais, uma boa dose de competência técnica, amparada por sólido conhecimento da realidade vigente.
Afinal, quando somos acometidos por uma eventual dor de cabeça ou gripe, a automedicação pode resolvê-las sem maior dificuldade, porém, quando enfrentamos um infarto ou uma sequela neurológica, precisamos recorrer aos especialistas que detêm o conhecimento capaz de produzir decisões acertadas na direção da cura buscada.
Ademais, espera-se que nossos governantes tenham suficiente sensibilidade política para ouvir os legítimos anseios da população, distinguindo as demandas fundamentadas nas efetivas falhas e omissões da atuação governamental, dos devaneios eventuais dos inconsequentes.
Sobretudo, é muito importante que os mandatários de plantão demonstrem sua sabedoria, reconhecendo a necessidade de serem ilustrados pelos respectivos especialistas, sobre as peculiaridades dos desafios a serem enfrentados e sobre as consequências/limitações das alternativas disponíveis para enfrenta-los.
Só assim, poderemos almejar um progresso rápido, que solucione os graves problemas existentes de forma efetiva, eficaz e eficiente.
Esta coluna, que estamos iniciando hoje sob a égide da Mobilidade Urbana, pretende abordar, nas suas próximas edições, os problemas enfrentados pela população recifense no afã de transportar-se aos destinos de seu interesse, assim como as alternativas propostas para soluciona-los, apontando suas consequências e repercussões operacionais, socioeconômicas e ambientais.
Espera-se, desta forma, arejar a discussão sobre um tema da maior importância para a qualidade de vida da cidade e para a pujança econômica que todos almejamos para o Recife e sua Região Metropolitana.