O secretário de Saúde do Estado, Antônio Figueira, recebeu, nesta semana que passou, um relatório oficial sobre as doações de órgãos no Estado e a realização de transplantes pela rede pública.

O documento aponta a obtenção de recordes expressivos, em vários tipos de transplantes.

Depois de uma queda em 2010, quando o número de transplantes caiu para 895 no total, em todo o Estado, a evolução mostra crescimento desde então.

Em 2012, foram 1690 transplantes em todo o Estado, contra 1.094, no ano anterior, representando ganho de 54% no total.

Para que se tenha uma ideia, em 1995, foram realizados apenas 110 transplantes em todo o Estado, de acordo com o levantamento.

Os transplantes de coração cresceram 125% (de 8 para 18) entre janeiro e dezembro de 2012.

Já os transplantes de fígado cresceram 28%, saltando de 104 casos em 2011 para 133 casos em 2012.

A evolução mais expressiva, em termos quantitativos, ocorreu no transplante de córnea, com uma evolução de 64%.

Em 2011, o Estado realizou 661 transplantes.

Em 2012, chegou-se aos 1.084 transplantes.

Antônio Figueira conta que, neste caso, a situação é tão boa que a fila para transplantes é uma das menores, reduzindo o tempo de espera, para quem precisa da cirurgia.

O transplante de medula óssea, que foi objeto de grande polêmica após o fechamento do centro do Hemope, também cresceu, no caso 45%, saltando de 112 em 2011 para 162 em 2012.

Antônio Figueira acredita que ainda haverá uma evolução maior ainda, alegando que a estrutura do Hemope era pouco efetiva, demandando elevados investimentos e entregando, em contrapartida, poucos transplantes por ano.

Depois das mudanças, segundo o estudo, há 62 casos na fila de espera, sendo 37 casos ativos e 25 semi-ativos.

O caso dos transplantes de rins também exige mais atenção, de acordo com o relatório da Secretaria de Saúde.

Com um crescimento de 40%, foram realizados 278 transplantes de rim em 2012, contra 199 no ano de 2011.

Não por acaso, é o tipo de transplante que conta com a maior fila de espera, com 1.872 nomes na lista de espera em 2011.

No balanço do final de dezembro, ainda havia 1.616 casos nos cadastros técnicos.

Neste ano de 2013, uma das metas da secretaria é ampliar esse tipo de transplante (de rim), uma vez que eles não dependem de doações apenas nos casos de morte dos doadores.

Parentes em boas condições de saúde podem doar para seus familiares, como ocorreu com o ex-prefeito João da Costa.

Com uma evolução percentual de 62,5%, com o crescimento registrado em 2012, o Estado conseguiu ampliar um índice de doações por milhão de habitantes.

Em 2011, o índice era 8,1%.

Em 2012, já chegou a 13,19%. “O desafio de 2013 é fazer essa estrutura funcionar melhor, fazendo mais tranplantes com a mesma estrutura”, diz.

No setor privado, o nome disto é busca de produtividade.