A cidade é Vicência, na Zona da Mata, foi reconhecida nacionalmente em estado de emergência, conforme publicação no Diário Oficial da União, na última terça-feira (15). É só um símbolo da situação no estado, que sofre significativos prejuízos provocados na agricultura em consequência da estiagem, apesar das chuvas recentes.

O setor canavieiro é um deles.

Houve uma redução de 35% na produção em virtude do déficit de 50% do índice pluviométrico nos meses do desenvolvimento da safra.

A seca levou diversas cidades produtoras de cana de açúcar a solicitar estado de emergência nacional.

Vicência é o oitavo municípiodo produtor no estado a ser reconhecido nacionalmente em estado de emergência por conta da longa estiagem.

As demais cidades pernambucanas são Pombos, Passira, Carpina, Nazaré da Mata, Orobó, Paudalho e Bom Jardim. “Mais cidades aguardam a análise da Defesa Civil Nacional”, avisa o presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), Alexandre Andrade Lima.

As cidades citadas são Catende, Chã de Alegria, Condado, Ferreiros, Limoeiro, Macaparana e Timbaúba.

O dirigente da AFCP informa que somente após o reconhecimento de estado de emergência pelo Governo Federal os produtores das cidades afetadas poderão participar das medidas emergenciais governamentais.

Uma das ações é a negociação de dívidas e financiamentos a juros menores. “A chuva de verão começou, mas os agricultores estão descapitalizados, porque perderam 50% do faturamento com a seca”, diz Lima.

Além de que os produtores ainda convivem com a redução no preço da tonelada de cana, agravando os problemas financeiros, impossibilitando as condições ideias para realização dos tratos culturais na entressafra.