Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem O governador Eduardo Campos, presidente nacional do PSB e cotado para disputar a Presidência da República em 2014, está tendo que manter uma posição de neutralidade na disputa pela Presidência da Câmara Federal.
Apesar de seu companheiro de partido, o deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG), estar na disputa, Eduardo não quer se desgastar com lideranças nacionais da base governista agora.
A candidatura de Delgado é patrocinada pela bancada socialista na Câmara, que quer consolidar o PSB como partido de força nacional, incentivado pelos recentes números das eleições municipais - e, dizem nos bastidores, também estimulado por Campos.
Mas do outro lado está a candidatura de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), apadrinhada por Sarney.
O PMDB tem agido com cautela com relação às movimentações nacionais de Eduardo Campos, cujo partido disputa com o PMDB espaços na base de Dilma.
Têmer afirma aos quatro cantos que espera se manter na vice-Presidência de Dilma (PT), na chapa de 2014, enquanto alguns socialistas pedem o nome de Eduardo Campos no lugar do peemedebista.
Um posicionamento público de Eduardo Campos em favor de Júlio Delgado (PSB) pode acirrar os ânimos com o PMDB.
Por isso, o almoço do governador com o deputado federal socialista, nesta quinta-feira (16), não simboliza o apoio forma de Eduardo à candidatura de Delgado.
O adversário do socialista, o peemedebista Henrique Eduardo Alves (PMDB), também vem ao estado, na próxima terça-feira (22), para um encontro com Eduardo Campos.
O parlamentar é o favorito para substituir o gaúcho Marco Maia (PT) na Presidência da Câmara.
Mas o apoio a este é ainda menos provável, já que Eduardo Campos não quer ser associado à imagem do potiguar.
Henrique Eduardo Alves (PMDB) é deputado há 42 anos e foi citado em recentes denúncias e acusado de enriquecimento ilícito em ação de improbidade administrativa.