Sem alarde, o Tribunal de Contas do Estado (TCE), com os votos dos conselheiros Dirceu Rodolfo, Romário Dias, Joao Campos e Adriano, acolheu nesta quarta-feira recurso dos vereadores do Recife a aprovou as suas contas, no que se refere ao polêmico processo das notas fiscais apresentadas pelos vereadores do Recife e glosadas pela área técnica do órgão.
Já era esperado que o Pleno do Tribunal de Contas do Estado (TCE) acabasse minimizando o escândalo envolvendo vereadores e ex-vereadores do Recife, no episódio que ficou conhecido como o escândalo das notas fiscais frias.
O negócio vinha sendo abrandado desde 2009.
No julgamento do recurso da defesa que ocorreu no final daquele ano foram retiradas as notas de improbidade administrativa, aprovadas as prestações de contas e anuladas as multas impostas em 1ª instância.
A devolução dos recursos gastos indevidamente ocorreu quando o caso veio à tona, em agosto de 2008.
O relatório final da auditoria feita pelo próprio TCE e o julgamento da 1ª Câmara do órgão, ao contrário do Pleno, considerou grave o uso irregular das verbas indenizatórias dos gabinetes em 2006 e 2007.
Ao todo, foram 52 políticos citados: 36 foram alocados no grupo das notas irregulares ou das empresas fantasmas e 16 no bloco que aplicou o dinheiro público em promoção pessoal, inocentado desde o primeiro julgamento.