Carlos Santana acusa ex-prefeito de boicote Mas Pedro Serafim diz que fez tudo nos conformes (Fotos: JC Imagem) Por Débora Duque No Jornal do Commercio desta quarta-feira O município de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, não irá receber os recursos federais necessários para a construção da primeira Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) local, em 2013.
Pelo menos é isso que alega o novo prefeito Carlos Santana (PSDB) ao responsabilizar seu antecessor, Pedro Serafim (PDT), pela perda da verba de R$ 1,4 milhão que seria destinada à construção da unidade de saúde.
Fazendo alusão a um possível “boicote” do ex-prefeito, que teve seu grupo político derrotado na última eleição, Carlos Santana alega que a gestão anterior não enviou a documentação exigida pelo Ministério da Saúde e, por isso, perdeu o prazo para a captação do recurso.
Pedro Serafim, no entanto, nega ter havido “negligência”.
O argumento do atual prefeito é de que o ministério solicitou os documentos desde junho do ano passado.
O último “aviso” teria sido enviado pelo órgão federal em setembro, faltando um mês para a eleição.
De acordo com Santana, ficaram pendentes itens como o planejamento da Ação Regional, a resolução designando o coordenador da rede de urgência e ainda a garantia formal da retaguarda hospitalar para a UPA por parte do gestor do hospital municipal. “Lamentavelmente, as exigências (do Ministério da Saúde) não foram cumpridas e agora recebemos a informação oficial de que Ipojuca não será contemplada com a UPA em 2013.
Como eles não tiveram êxito na eleição, só pode ter sido um boicote, já que até o local para a construção da unidade estava escolhido”, desabafou o novo prefeito.
A UPA seria erguida em terreno cedido pelo município às margens da PE-60.
O ex-prefeito Pedro Serafim rebate as acusações, garantindo que toda a documentação foi enviada ao ministério dentro do prazo determinado. “Mandamos o projeto em tempo hábil.
Temos o protocolo”, garante.
O ex-secretário de Saúde de Ipojuca Carlos Frederico disse não ter tomado conhecimento sobre os avisos do Ministério da Saúde e apontou a existência de falhas no sistema eletrônico do órgão. “É de estranhar esse tipo de colocação.
Nunca recebi comunicado do ministério.
Inclusive, o sistema do próprio ministério vivia dando problema na hora de remetermos da documentação”, afirmou.
Independentemente de quem seja o responsável, o fato é que a cidade não receberá mais a UPA neste ano.
Segundo Carlos Santana, resta à Prefeitura pedir uma nova liberação de verba para 2014. “É irreversível.
Vamos, agora, fazer um novo pleito para 2014”, relatou.