Da Agência Estado A gasolina vai ficar mais cara nos postos pela primeira vez em quase dez anos.
O governo federal deve reajustar em 7% o preço do combustível.
O óleo diesel também vai subir, mas em nível um pouco menor - entre 4% e 5%.
A expectativa é a de que o anúncio seja feito na semana que vem.
O reajuste será sentido de imediato pelo consumidor, mas para amenizar, no futuro, esse impacto e evitar uma piora nos índices de inflação do ano, a equipe econômica estuda medidas que poderão ser adotadas nos próximos meses.
Uma delas é o aumento da mistura de álcool anidro (etanol) na gasolina.
O governo deve anunciar a elevação do teto da mistura, dos atuais 20% para 25%, com o reajuste dos combustíveis.
Mas o aumento só será efetivado quando a colheita de cana-de-açúcar estiver no auge, o que deve ocorrer em junho.
Demanda antiga dos usineiros, o aumento da mistura pode, no futuro, representar um desconto no preço da gasolina.
Além disso a medida alivia a necessidade de importação de gasolina,que tem contribuído para o déficit da balança comercial no início deste ano.
A decisão de conceder o reajuste já está tomada no Ministério da Fazenda e recebeu o aval do Palácio do Planalto.
Mas o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que também é o presidente do Conselho de Administração da Petrobras, só vai bater o martelo sobre o aumento e a fórmula que será adotada para amenizar esse repasse ao consumidor quando voltar das férias, na semana que vem.
As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo R$ 600 milhões para a Petrobrás - O aumento dos combustíveis proporcionará à Petrobras, com base nos volumes vendidos em dezembro, um aporte de R$ 600 milhões no caixa a partir deste mês, de acordo com os cálculos feitos para o Estado pelo Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIA).