Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem Por Bruna Serra No Jornal do Commercio desta quinta-feira Numa demonstração de que o modelo petista de gerir o Carnaval do Recife ficou no passado, o prefeito Geraldo Julio (PSB) criou uma espécie de colegiado para tratar dos preparativos da festa.

Na prática, a medida reduz os poderes da Fundação de Cultura do Recife (FCCR), que nos últimos 12 anos tomou boa parte das decisões, especialmente as financeiras.

Desde a semana passada, os secretários Leda Alves (Cultura), Sileno Guedes (Governo) e Felipe Carreras (Turismo), além do presidente da FCCR, Roberto Lessa, estão se reunindo para decidir os rumos da folia.

Com perfis diferentes, os gestores estão definindo detalhes da estrutura, decoração e dos polêmicos fogos de artifício, que em 2012 causaram polêmica e muita dor de cabeça ao então prefeito João da Costa (PT) graças a denúncias de superfaturamento.

Ontem foram lançados os editais para a contratação das estruturas metálicas dos palcos do Marco Zero, dos camarotes distribuídos pelo Recife Antigo, da decoração do Aeroporto Internacional do Guararapes, além da instalação de palcos nos bairros, que na gestão petista eram chamados de “polos descentralizados”.

Também está sendo definida a instalação do sistema de luzes de led, que tradicionalmente enfeitam o prédio sede da Prefeitura.

Felipe Carreras explicou que ficará sob sua responsabilidade a contratação das empresas que farão a montagem da Central do Carnaval, próximo ao Armazém 12. “Estamos fazendo os editais nos mesmos moldes do ano passado.

Será a última vez que a Central vai se instalar ali, porque temos o projeto de requalificação da zona portuária e o prefeito quer celeridade com essa obra”, informou.

Sileno Guedes explicou que nos próximos dias começará a ser instalada a decoração do arquiteto Carlos Augusto Lyra, responsável por enfeitar a cidade nos últimos anos. “Tudo seguindo o que a gestão anterior vinha preparando porque, obviamente, eles estavam a maior parte do tempo no comando da Prefeitura”, explicou o secretário de Governo.

Ex-presidente da Fundação de Cultura, André Brasileiro está ajudando nesta reta final.

Nos bastidores, o que os socialistas começam a deixar transparecer é que a marca “Carnaval Multicultural”, consagrada pelo PT, deixará de existir em 2014.