Dilsinho Gomes (PSB) disse que vai renunciar a 70% do valor do aumento (Foto: Clemílson Campos/JC Imagem) Por 9 votos a 2 e em meio a protesto da oposição, a Câmara de Moreno - no Grande Recife - aprovou, nesta quinta-feira (10), o projeto de lei que prevê aumento salarial de 80% ao prefeito, que atualmente é Dilsinho Gomes (PSB).

O projeto partiu da mesa diretora da Casa e gerou revolta na população.

Prefeito de Moreno prestes a regulamentar nepotismo e receber aumento salarial de 80% Dilsinho Gomes, prefeito de Moreno, afirma em nota que seu tio é competente Em entrevista ao Blog de Jamildo, o socialista afirmou que vai sancionar o texto nesta sexta (11), porém, ele e o vice-prefeito, Sanclair (PR), vão renunciar a 70% do valor que receberiam a mais.

Ou seja, o reajuste prevê um aumento de R$ 10 mil para R$ 18 mil na remuneração do prefeito, um acréscimo de R$ 8 mil.

Com a decisão de renunciar a parte do reajuste, ele receberá R$ 2.400 a mais. “É importante sancionar o projeto para elevar o teto salarial dos servidores do município.

Os médicos estavam deixando de ser contratados aqui porque o teto era muito baixo e eles precisavam renunciar a parte do salário para serem contratados, e isso ninguém quer”, explicou o prefeito.

Questionado o motivo da renúncia, ele disse que foi uma decisão tomada pela razão. “Não fui eu que pedi o aumento.

Eu sempre disse que quando o projeto chegasse a mim eu iria analisar”.

Também foi aprovado reajuste de 150% para os secretários, que passarão a receber R$ 8 mil.

De acordo com o vereador da oposição Pedro Mesquita (PMDB), o projeto foi aprovado descumprindo o regimento da Câmara.

O peemedebista relatou que a convocação extraordinária ocorreu na segunda (7).

O presidente da Casa, Adimilson Barbosa (PSD), teria 72 horas para apresentar o projeto aos colegas e, feito isto, precisaria cumprir um prazo de mais 72 horas para colocar o texto em votação.

Entretanto, contou Pedro Mesquita, o projeto chegou na mão dos vereadores nesta quinta (10) e no mesmo dia foi votado. “Não tivemos tempo de discutir o projeto.

Além disso, eu e Ana Matos [outra vereadora da oposição] tentamos apresentar emendas e não conseguimos, fomos barrados, disseram que não cabia.

Eu também pedi vista e não fui atendido”, reclama.

Os parlamentares oposicionaistas estudam acionar o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para investigar o caso.

Ambos farão uma reunião nesta sexta (11) para decidir sobre a possibilidade.

Procurado pela reportagem, o presidente da Câmara não atendeu as ligações, pois participa de uma reunião.

POLÊMICA - Também foi aprovado nesta quinta (10) o projeto que prevê a nomeação e designação de servidores públicos ativos ou inativos efetivos.

O caso gerou polêmica após Dilsinho escalar seu tio Aílton Gomes da Silva para assumir a Secretaria de Educação.

De acordo com o prefeito, o caso não caracteriza nepotismo pois o parente é servidores efetivo.

Veja a projeto na íntegra, disponibilizado ao Blog por Dilsinho: