Foto: Heudes Régis/JC Imagem O almoço oferecido no último sábado (5) pela presidente Dilma Rousseff (PT) ao governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, na Base Naval de Aratu, Bahia, foi mais um afago da petista no objetivo de conter o ímpeto do socialista.
Funcionou.
O PSB permanece na base governista durante 2013 e evitará críticas.
Mas ainda não garante que Eduardo não dispute a Presidência da República em 2014.
Dilma faz novo aceno a Eduardo O PSB deve evitar se posicionar com o Governo Federal em temas polêmicos, garantindo a Dilma o sossego durante este ano para a costura de alianças para a eleição de 2014.
Mas isso não significa que Eduardo Campos não se lançará num voo nacional em 2014, garantiu uma fonte ligada ao governador pernambucano, ao Estado de São Paulo.
Do lado socialista - com exceção dos irmãos cearenses Cid e Ciro Gomes que tentam tirar os holofotes de Eduardo -, há uma pressão para que Eduardo dispute as eleições presidenciais ou belisque, no mínimo, a vice da chapa de Dilma no próximo pleito - o que serviria para credenciá-lo para uma candidatura própria em 2018.
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), é um dos defensores deste projeto.
O problema é que o posto está hoje nas mãos do maior aliado do Governo, o PMDB, cujo presidente nacional do partido e vice-presidente da República, Michel Têmer, já garantiu total apoio a Dilma no próximo ano.
O PT tem de ceder a aliados, afirma governador de Sergipe Fontes ligadas ao PT afirmam que o ex-presidente Lula PT), padrinho político de Eduardo Campos (PSB), teria conversado com o socialista e garantido-lhe o apoio do PT, se Eduardo deixasse os planos presidenciais para 2018.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho (PT), também afirmou que 2018 é o ano de Eduardo Campos.
O difícil é Eduardo confiar na promessa de que o Partido dos Trabalhadores abandonaria fácil o poder, haja vista o já iniciado trabalho de construção de imagem de Fernando Haddad (PT).