Dilson denunciou crise financeira deixada por Edvard Bernardo na delegacia / Foto: reprodução do Facebook Em resposta à denúncia feita pelo novo prefeito de Moreno - no Grande Recife -, Dilson Filho (PSB), de que o ex-prefeito Edvard Bernardo (PMDB) deixou a gestão com apenas R$ 56 mil em caixa, quando são necessários R$ 3,5 milhões para quitar a dívida do município, o peemedebista disse, em nota enviada à imprensa, que o socialista é revanchista.
Além disso, explicou que a crise financeira da cidade é resultado da queda do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), repasse do governo federal.
Prefeito de Moreno prestes a regulamentar nepotismo e receber aumento salarial de 80% Dilsinho Gomes, prefeito de Moreno, afirma em nota que seu tio é competente “Moreno não está sozinho nesta crise, muitos municípios pernambucanos atrasaram também o salário de seus funcionários e alguns deles com dois ou três meses de atraso.
Esse fenômeno, em nível nacional, ocorreu em mais de 1100 municípios brasileiros, revelando a face cruel da desigualdade e do desequilíbrio financeiro entre os diversos entes federativos, dos quais os mais penalizados são os municípios que ficam à mercê da política econômica do governo federal.
Se não tivesse ocorrido esta crise financeira, estaríamos rigorosamente em dia com os nossos funcionários, prestadores de serviço e fornecedores, como estivemos nos anos anteriores”, diz o texto.
Edvard Bernardo (PMDB) governou Moreno por três mandatos (1983-1988, 2005-2008 e 2009-2012.
Veja a nota completa: Moreno vive atualmente a euforia e a expectativa de uma nova gestão municipal que veio com uma proposta mudancista radical de obtenção de resultados, buscando seguir modelo adotado pelo Governo do Estado.
Quanto a isso não há o que discutir, porque cada gestor tem o seu jeito de governar.
Ocorre que esse novo governo, que ora vem se instalando no município está adotando procedimentos revanchistas, tentando de toda forma denegrir a imagem da gestão anterior, a ponto de recorrer à polícia para prestar queixa contra a administração do ex-gestor, com acusações falsas e inverídicas, alegando inclusive sonegação de informações, subtração de bens municipais e desvios de recursos.
Logo após as eleições foi instalada uma Comissão de Transição Bipartite, formada por representantes indicados pelo prefeito recém-eleito, de cujo grupo oficialmente deveria participar um Contador especialista em finanças públicas (fato que não ocorreu), e da administração municipal de então, tudo num clima de cordialidade e respeito mútuo, onde jamais nos furtamos a fornecer todas as informações solicitadas.
Até os últimos instantes, estivemos prontos para atender ao que estava sendo pedido, tanto com documentos quanto com fornecimento de relatórios referentes às diferentes áreas da administração municipal.
Quando esse novo governo buscou a polícia para denunciar a gestão anterior, ou seja, a nossa gestão, de subtração e apropriação de bens patrimoniais do município e de sonegação de informações, transformou questões meramente administrativas em caso de policia.
E o que, supostamente, ensejou tal procedimento foi o fato de a Empresa SYSTEMA INFORMATICA, responsável pelo gerenciamento da folha de pessoal, contabilidade e arrecadação tributária municipal, haver bloqueado o fornecimento de dados do sistema como garantia da integridade e preservação dos mesmos, para salvaguardar tanto a gestão anterior, de cuja administração era contratada, como a nova recém-empossada.
Acontece que o contrato da empresa Systema com a administração anterior se encerrou no dia 31 de dezembro de 2012, logo caberia à empresa proceder como procedeu, bloqueando a execução do sistema, a fim de evitar danos ou extravios.
Feito o bloqueio a empresa Systema colocou-se à disposição da nova gestão, comparecendo ao encontro marcado com os novos gestores no dia 02 de Janeiro de 2013 às 14:00 horas, prestando as informações e comprometendo-se a repassar o banco de dados de todo sistema e pondo ainda a disposição deles dois técnicos responsáveis pelo gerenciamento do sistema, o que de fato fez.
Apesar disso a nova gestão recorreu à polícia (antes do encontro com o responsável pela empresa), como se a empresa não houvesse atendido ao que lhe foi solicitado.
Além disso, a nova gestão vem se utilizando da mídia para escandalizar e denegrir a imagem do ex-,gestor, passando informações alarmantes e catastróficas da situação do município.
Quando assumimos em 2005, também encontramos a folha do mês de dezembro não paga, e na época não havia crise financeira nacional, nem por isso recorremos à polícia nem escandalizamos, pelo contrário, procuramos trabalhar e resolver a questão, porque essa era a nossa obrigação.
Realmente, a prefeitura do Moreno como de resto os demais municípios brasileiros, especialmente os de pequeno e médio porte, viveram no ano de 2012 uma gravíssima crise financeira causada pela redução do IPI promovida pelo Governo Federal para, segundo ele, enfrentar a crise financeira mundial, incentivando a população ao consumo de produtos cujo imposto do IPI foi isentado ou reduzido e assim aquecer a economia nacional.
Diante dessas perdas financeiras, refletidas no repasse do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e FUNDEB, a Prefeitura do Moreno passou a viver dias difíceis com agravamento da crise a partir de junho de 2012, tornando-se cada vez mais crítica a situação financeira do município à medida que se aproximava o fim do ano.
Em razão desse cenário, fomos obrigados a atrasar salários, e não pagar fornecedores e prestadores de serviço.
Com o atraso salarial dos servidores, a partir de junho de 2012, foi-se acumulando o endividamento do município a ponto de não podermos pagar o 13º e o mês de dezembro de grande parte dos servidores municipais, com exceção da Saúde e dos servidores efetivos da administração central.
Moreno não está sozinho nesta crise, muitos municípios pernambucanos atrasaram também o salário de seus funcionários e alguns deles com dois ou três meses de atraso.
Esse fenômeno, em nível nacional, ocorreu em mais de 1100 municípios brasileiros, revelando a face cruel da desigualdade e do desequilíbrio financeiro entre os diversos entes federativos, dos quais os mais penalizados são os municípios que ficam à mercê da política econômica do governo federal.
Se não tivesse ocorrido esta crise financeira, estaríamos rigorosamente em dia com os nossos funcionários, prestadores de serviço e fornecedores, como estivemos nos anos anteriores.
Claro que o município do Moreno, como milhares de outros municípios brasileiros, também há muito sofre da falta de recursos para atendimento das necessidades da população e do funcionamento e manutenção da máquina administrativa, só que essa situação piorou com as medidas econômicas adotadas pelo governo federal no ano de 2012, sem qualquer compensação financeira para reequilibrar as finanças municipais.
A prorrogação da redução do IPI até junho de 2013, embora de forma mais atenuada, vai continuar prejudicando os municípios e Moreno será um deles.
Gostaríamos de que o cenário fosse outro, mas infelizmente não foi possível modificar.
O fato é que se houvesse mais recursos, a situação do município seria bem diferente da que está ocorrendo.
Edvard Bernardo Silva Ex-Prefeito do Município de Moreno