Embora alguns não gostem, preferindo favelas na paisagem urbana, a construção do Novo Recife vai possibilitar a reurbanização de uma área que hoje se encontra totalmente degradada e abandonada, com a implantação de áreas verdes, ciclovia e um espaço cultural, com a reutilização dos armazéns próximo ao Forte das Cinco Pontas.

Nas negociações para a aprovação do projeto no Conselho de Desenvolvimento Urbano da PCR, entre as dez ações mitigadoras, o consórcio Novo Recife assumirá as despesas pela demolição do equipamento viário, que hoje impede a integração do Forte das Cinco Pontas, com a bacia do Pina.

A derrubada do viaduto ainda depende da aprovação da Prefeitura e do Iphan.

O custo da empreitada é estimado em R$ 2 milhões.

No quesito mobilidade urbana, apesar das críticas de ampliação dos engarrafamentos na área, o Novo Recife promete criar uma nova rota de ligação entre a Zona Sul e o bairro da Ilha do Leite.

O consórcio se comprometeu a abrir diversas ruas de acesso na área.

O sistema viário terá acessos para as avenidas Sul e Dantas Barreto e, ainda, serão construídas passagens de pedestres ligando o Cais José Estelita a av.

Sul.

Para se ter acesso hoje a Ilha do Leite, um dos bairros que mais crescem no Recife e que concentra diversas unidades hospitalares, o morador da cidade que vem da Zona Sul tem apenas uma alça de ligação via avenida Agamenon Magalhães.

Na avaliação do consórcio, esse acesso está saturado e provoca congestionamento diário na principal perimetral do Recife.

O Novo Recife promete criar uma ligação direta da Ilha do Leite por meio de um novo acesso que será implantado com o projeto.

Há a previsão de uma pista de cooper e uma ciclovia na orla que ligará desde os prédios Pier Maurício de Nassau e Pier Duarte Coelho até o viaduto Capitão Temudo.

Ficou acertado com o CDU, ainda, que um conjunto de armazéns, próximo ao viaduto das Cinco Pontas, também será reformado para abrigar um centro cultural, que será entregue pronto para ser administrado pela Prefeitura do Recife.

Será uma fonte de receitas para o município, se bem administrado.

Além da possível demolição do viaduto das Cinco Pontas, o outro ponto de destaque dentro das ações mitigadoras previstas no projeto é o restauro da Igreja Matriz de São José, que começou a ser construída em 1845 e levou 20 anos para ficar pronta.

A restauração da Igreja Matriz de São José, que hoje se encontra interditada face ao risco de desabamento, será de total responsabilidade do Consórcio, que se comprometeu a devolver o templo católico para o uso da população.

Mais detalhes do projeto Na questão de serviços serão implantados quiosques e pontos comerciais voltados à população, com crescimento da área pública.

Segundo o consórcio, hoje, o local, com avenida e calçadão, oferece um total de 36 mil metros quadrados aos moradores.

Com o Novo Recife essa área irá aumentar para 81 mil metros quadrados.

O projeto estabelece a construção de doze empreendimentos, com altura variando entre 20 e 41 andares.

Desses, oito serão destinados a residências, com aproximadamente mil unidades habitacionais.

Nas extremidades do terreno serão construídos, em cada lado, um empresarial e um flat.

Com isso, o projeto terá ao todos dois empresariais e dois flats, com infraestrutura hoteleira.

O Novo Recife prevê unidades habitacionais de diversos tamanhos, com opções de um, dois, três e quatro quartos.

O consórcio promete ainda que a capital vai ganhar uma nova área verde, com uma cobertura vegetal inexistente, atualmente, na região.

O projeto prevê 36 mil metros quadrados de área verde, entre espaços privados e públicos.