Do Jornal do Commercio O primeiro dia útil dos prefeitos recém empossados foi turbulento em pelo menos duas cidades da Região Metropolitana do Recife.
Em Ipojuca, Carlos Santana (PSDB) determinou o “fechamento” da prefeitura, cortando o atendimento ao público, até o fim desta semana.
Em Moreno, Adilson Gomes Filho (PSB) foi à delegacia da cidade registrar um boletim de ocorrência.
Pediu que seja investigada a responsabilidade pelo “rombo” nos cofres públicos que ele diz ter recebido do antecessor, Edvard Bernardo (PMDB).
A promessa de Carlos Santana é reabrir a Prefeitura de Ipojuca ao público na próxima semana.
Até lá serão só trabalhos internos para verificar a real situação da prefeitura.
Ele pretende solicitar uma auditoria em contas, empenhos e contratos do município.
O tucano já havia acusado o antecessor, Pedro Serafim (PDT), de não lhe repassar informações públicas, prejudicando a transição administrativa.
A falta de transparência durante a transição também foi o mote das alegações de Adilson Gomes Filho na delegacia de Moreno.
Segundo ele, a real situação do erário só foi descoberta ontem, quando ele e sua equipe começaram a trabalhar.
O prefeito informou ter recebido a prefeitura com salários e 13º atrasados e que encontrou o caixa com menos de 2% do valor total para quitar essa dívida.
A previdência dos servidores municipais, o Morenoprev, também estaria com um déficit: na conta do órgão teria R$ 8 mil de saldo para pagar R$ 1 milhão em obrigações previdenciárias.
O novo prefeito de Moreno também denunciou que programas de informática, que gerenciam as informações financeiras e fiscais da prefeitura, estariam travados.
O delegado Ednaldo Araújo se comprometeu em apurar os fatos.
Pedro Serafim e Edvard Bernardo não foram localizados para comentar os fatos.