Com a transição dos prefeitos, neste início de ano, alguns serviços públicos das redes municipais são prejudicados, como exemplo a saúde.

Em Recife, gestantes sofrem com a falta de médicos obstetras, na Policlínica e Maternidade Professor Barros Lima, na Zona Norte do Recife. “Minha esposa chegou desde 2h da manhã, está gritando de dor, e não há um médico obstetra para atendê-la.

Uma enfermeira disse que na unidade há cinco médicos, mas no momento só havia dois, e um está desde as 2h, realizando um parto de alto risco de uma paciente, restando apenas um médico especialista para atender as outras gestantes que não param de chegar”, desabafa o marido da paciente, Márcio Silva.

No município de São José da Coroa Grande, Zona Sul do Estado, o Hospital local não tinha nenhum médico para atender os pacientes durante o réveillon. “Fui passar a virada de ano com minha família na Praia de São José da Coroa Grande, na ocasião, meu filho de apenas quatro anos passou mal e precisou ser socorrido.

Ao chegar no hospital municipal, as enfermeiras informaram que não havia nenhum médico de plantão, por isso tive que ir para o município vizinho, Barreiros, para meu filho ser atendido”, diz o pai do menor, o vendedor, Tarcisio Manoel da Silva.

Já em Barreiros, não só os veraneios, mas toda a população sofre com o serviço precário de saúde oferecido pelo município, que durante as enchentes de 2011, teve o seu hospital destruído.

Atualmente em Barreiros foi construído um hospital com recursos do Governo do Estado, porém a unidade ainda não foi inaugurada por falta de verbas. “Durante o Natal passei mal e fui para a casa de saúde do município.

Ao chegar, fui atendido por um médico mal humorado, que me medicou e me deixou em uma cadeira de plástico, junto aos demais pacientes.

Na ocasião precisei ficar aguardando o soro acabar, para poder ser novamente avaliado e ter alta.

Nesse período observei a falta de higiene do local, como baratas passando sobre nossos pés e lixos hospitalares abertos ao lado dos pacientes.

Além da unidade ser muito precária para suportar a demanda do município”, enfatiza o produtor musical, José de Holanda.