(Foto: Clemílson Campos/JC Imagem) Em entrevista ao Blog de Jamildo, o prefeito reeleito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB), comemorou o saldo dos seus primeiros quatro anos de gestão.

De acordo com ele, a primeira gestão foi para “arrumar a casa”, visto que o segundo maior município de Pernambuco é marcado por gestões que pouco fizeram pela cidade.

E agora, de acordo com o tucano, é quando ele poderá dar “sua cara” para a gestão. “Era algo perceptível a situação de desmando que Jaboatão vivia até 2008.

Prefeitura desestruturada, cidade desacreditada e praticas politicas nocivas ao interesse publico foram substituídas por um governo que planeja, debate com população e que executa uma importante mudança na cidade, que é a mudança da natureza politica, do carater da gestão, que agora tem carater profissional, de prestação de serviços à população”, avalia Elias, abdicando da modéstia.

Elias Gomes não garante que cumprirá o mandato até o fim De acordo com o gestor, as duas principais dificuldades desta primeira gestão foram superar as práticas políticas do “toma lá, dá cá” e a crise econômica, com redução do Fundo de Participação Municipal (FPM). “A Prefeitura era privatizada por interesses políticos partidários, pessoais dos amigos do rei.

Acabamos com isso.

A segunda grande dificuldade foi conciliar os recursos disponíveis com a demanda reprimida de muitas décadas.

Essa conciliação exigiu de nós muita criatividade e critério para fazer ações que atendessem à maioria”, pontua, ressaltando ainda que durante sua gestão foi feito o maior programa de obras das últimas décadas, com investimentos da ordem de R$ 200 milhões em recursos próprios.

No segundo mandato, Elias Gomes promete acabar com ocupação irregular nas calçadas de Jaboatão Exaltando as obras estruturais na avenida Ayrton Senna e os binários de Jaboatão Centro e Prazeres, o prefeito avalia que cumpriu os objetivos e o mandato que se encerrou em no último 31 de dezembro terminou bem, apesar dos percalços trazidos pela crise financeira mundial. “Poderia ser melhor, se as circunstâncias tivessem sido mais favoráveis.

Mas já há um legado.

Jaboatão é uma cidade respeitada, com rumo, um norte claro.

A cidade que tem planejamento voltado par ao futuro.

Já temos Jaboatão planejado para 2022.

Isso faz a diferença.

Por mais longo que seja o caminho, o mais importante é sabermos onde queremos chegar.

E Jaboatão sabe onde quer chegar, que é ser uma cidade onde as pessoas possam ter o sentimento de pertencimento, de orgulho da cidade.

Saimos do primeiro mandato satisfeitos, com uma longa e enriquecedora aprendizagem.” Recuperação da Orla de Jaboatão deve ser concluída em 2013, promete Elias Ele exalta que os avanços implementados pela sua gestão podem ser vistos com a manutenção dos serviços básicos em funcionamento, apesar da crise, e ainda iniciar o ano de 2013 com R$ 140 milhões em caixa para obras de infraestrutura da cidade. “Isso representa um avanço importante e, sem dúvida, já foram fundadas algumas bases para um salto de qualidade na cidade.

Teremos o próximo quadriênio inegavelmente facilitado pelas políticas estruturadoras que promovemos nesta gestão”, comemora.

MUDANÇAS - A primeira grande mudança na estrutura do Executivo Municipal de Jaboatão é a redução de onze secretarias para apenas oito.

Há quatro anos, quando assumiu a prefeitura, o número era de 21.

Esta redução, todavia, não representa uma diminuição no quadro de funcionários ou num enxugamento do orçamento municipal.

A redução é superficial, já que muitas das secretarias viraram subsecretarias ou secretarias-executivas, subordinadas a alguma destas oito pastas. É uma centralização mais que uma redução.

Educação, Saúde e Assistência Social, por exemplo, estão todas numa única secretaria, a de Políticas Sociais Integradas, como ele já fez quando prefeito do Cabo de Santo Agostinho.

As três pastas tornam-se executivas, enquanto a secretaria torna-se um órgão.

O objetivo de Elias é integrar melhor os gestores. “Isso vai permitir que nós tenhamos um processo decisório mais leve, mais ágil.

Ao mesmo tempo que concentramos, integramos.

Queremos fazer um governo 360 graus.

Você fecha o círculo e todos fazem tudo, num sentido de equipe”, informa.

A concentração de demandas em poucas mãos, no entanto, pode sobrecarregar e provocar o engessamento, um efeito contrário ao esperado por Elias.

Neste sentido, ele afirma ter escolhido oito nomes polivalentes, “bons gestores e bons articuladores”. “Não vamos fazer com que o secretário daquele bloco decida sobre cultura, educação e saúde.

O que ele vai é coordenar a discussão e vai cobrar o cumprimento das metas.

Mas quem cuida de saúde é o especialista em saúde e quem cuida de educação é um especialista em educação.

Mas agora a saúde vai discutir educação e vice e versa.

Ele vai gerir blocos, que terão autonomia financeira e administrativa, mas terão subordinação política às metas macro daquela atividade.“ Elias prevê que esta segunda gestão será “mais leve e dinâmica” e as decisões serão mais rápidas.

A promessa do tucano é que a partir de 2013 os jaboatoneses verão “um salto de qualidade” nas ações do poder público.

O gestor promete também dar atenção especial para as secretarias de Ordem Pública e de Segurança Cidadã, além de criar a Agência de Regulação Ambiental do município.

APRENDIZADO - “A campanha expôe você e a cidade se desnuda diante de si.

Os sentimentos de gratidão ou de frustração se manifestam”, avaliou Elias, lembrando da campanha eleitoral que o levou á reeleição.

O tucano lembrou dos contatos positivos e negativos que teve com os populares durante a corrida por votos e avaliou o saldo do processo. “Cheguei em ruas que a comunidade havia calçado, fruto do programa ‘Comunidade que Faz’.

Eles fazem, então eles conservam.

Foi algo bom.

Há um sentimento de pertencimento daquilo que é feito com as mãos da comunidade.

Mas também cheguei em lugares e vi que não havia pavimentado as ruas.

Não havia condições de pavimentá-la, mas poderíamos ter feito a drenagem das águas, enxugando as ruas, deixando o lugar mais habitável.

Aprendi que a questão da drenagem é prioridade.” Elias Gomes avalia como positiva gestão em Jaboatão