Elias pode tentar a sucessão de Eduardo em 2014 (Foto: Edmar Melo/JC Imagem) As eleições municipais de 2012 renderam bons frutos ao PSDB de Pernambuco.
O partido foi o segundo que mais elegeu prefeitos no estado, ficando atrás apenas do PSB do governador Eduardo Campos.
Na Região Metropolitana do Recife, além da surpresa Daniel Coelho, que conseguiu 30% dos votos na capital, os tucanos elegeram Carlos Santana e Jorge Alexandre, respectivamente em Ipojuca e Camaragibe, além de reelegerem Cal Volia em Itapissuma e Elias Gomes em Jaboatão.
O resultado foi tão animador que lideranças do partido no estado já garantem que em 2014 a sigla terá um candidato a governador em Pernambuco.
Em Pernambuco, tucanos só perdem para o PSB em prefeitos eleitos Nesta esteira, o nome do prefeito Elias Gomes ganha força.
Reeleito com um percentual alto de votos na segunda maior cidade do estado, o tucano também já foi prefeito por três mandatos no Cabo de Santo Agostinho.
Sorrindo, Elias Gomes disse não estar pensando neste assundo no momento e, em tom de cautela, não negou e nem confirmou o interesse em disputar o Executivo Estadual. “Eu nem comecei 2013 ainda.
Deixa isso para lá”, pediu, entre risos.
Leia: Elias promete governo 360 graus e Jaboatão inicia o ano com R$ 140 milhões em obras estruturais O prefeito reeleito de Jaboatão lembrou que isso não é algo que depende dele e lembrou que o político é um homem público e, como tal, “não é exatamente dono de sua vontade, podendo também ser instrumento”.
Citando uma carta que enviou ao co-partidário José Serra, que abandonou dois mandatos pela metade para disputar eleições, Elias avisou que não pode fazer promessas nem de que vai disputar e nem de que poderá cumprir o mandato até o final. “Sugeri que ele pedisse desculpas ao povo de São Paulo e que, reconhecendo seu erro, quer ser prefeito por quatro anos.
Disse a ele que não prometesse isso.
Por isso não vou fazer promessas.
Eu estou eleito para quatro anos.
Mas se cumprirei, só o futuro dirá.
As possibilidades de ser candidato são mínimas.
Eu costumo dizer que se um dia Eduardo Campos (PSB), Jarbas Vasconcelos (PMDB), Sérgio Guerra (PSDB) e Armando Monteiro (PTB) disserem assim: ‘a gente não conseguiu se unir aqui.
Queres ir para o sacrifício?’, aí eu posso dizer que vou pensar (risos).” No segundo mandato, Elias Gomes promete acabar com ocupação irregular nas calçadas de Jaboatão CÂMARA - Sobre a relação com o legislativo municipal, que ainda se recupera do estremecimento pós-eleitoral, o prefeito tucano avisou que não espera “um mar de rosas”, mas também não espera “uma coroa de espinhos”.
Fazendo uma espécie de aviso prévio aos vereadores, Elias Gomes disse que nos temas em que a Câmara e o Executivo não se entenderem, o caso vai parar na imprensa. “Na próxima legislatura vamos dizer com clareza que nós iremos orientar nossas ações pelo interesse público.
Quando não tiver entendimento, vamos debater a divergência.
E quem é o mediador da divergência?
A população, a opinião pública.” Após as eleições, a relação entre o Executivo e o Legislativo de Jaboatão dos Guararapes entrou em crise.
Após uma proposta de reajuste salarial vinda da Câmara ter sido vetada Elias Gomes, iniciou-se um estremecimento.
Os vereadores derrubaram o veto e aumentaram os seus salários.
A reação de Elias foi na redução dos cargos comissionados da prefeitura.
Foram 517 os demitidos, o que provocou uma reação por parte da Câmara - que normalmente tem alguns nomes indicados na estrutura da prefeitura. “Tomamos a medida de fazer o enxugamento da máquina e, naturalmente, há reações políticas”, afirmou, mesmo sem reconhecer que os parlamentares tenham indicado nomes. “Nós mantivemos a decisão e a tensão foi ao limite.
Mas depois o presidente (da Câmara) Neco (PSC) veio aqui, conversamos e reestabelecemos a tranquilidade quando expus que divergências irão haver.
No jogo democrático temos que compreender isso”, afirmou.
Após o encontro com o presidente da Casa, iniciou-se a retomada da relação.
Recuperação da orla de Jaboatão deve ser concluída em 2013, promete Elias Durante os quatro primeiros anos do mandato de Elias, este foi o terceiro estremecimento entre os dois poderes.
O primeiro foi em 2010, quando a Câmara Municipal não se regularizou para retirar a certidão negativa, colocando em risco o recebimendo dos R$ 60 milhões para o município.
Elias chamou a imprensa e jogou a responsabilidade para a Câmara, que correu contra o tempo para ficar em dia.
O outro momento de tensão entre os poderes foi quando os vereadores tiraram do município a responsabilidade sobre o gerenciamento do transporte coletivo, passando para uma cooperativa dos proprietários dos transportes. “Eu vetei e a Câmara derrubou meu veto.
Então recorri com a ADIN contra a Câmara e obtive uma decisão judicial anulando a decisão dos vereadores”, recorda.