Foto: divulgação Por João Carvalho, do Jornal do Commercio Trabalhando desde o ano passado com gerente técnico da Secretaria da Infância e Juventude, Eutácio Borges assume a Funase em um momento de crise.

A instituição tem problemas graves, entre eles a superlotação.

Hoje são 1.337 internos em 20 unidades no Estado.

A capacidade é para 893 reeducandos.

JORNAL DO COMMERCIO – Quais são as prioridades da sua gestão?

EUTÁCIO BORGES – Queremos alinhar a Funase e suas ações às normas do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Por exemplo, vamos levar para esses jovens, a partir de fevereiro, como primeiro ato, o início das aulas (nos centros de reeducação).

Para que eles tenham oportunidade de frequentar a sala de aula.

JC - O que o senhor considera como principal dificuldade, hoje, para a Funase?

EUTÁCIO – A principal delas é trabalhar com as estruturas atuais.

Se conseguirmos, mesmo com a superlotação nas três grande unidades, que pelo menos, durante quatro horas por dia, o jovem tenha uma atividade socioeducativa, a gente já tem um grande passo nessa gestão.

JC – A unidade do Cabo de Santo Agostinho é considerada um local sem comando.

Qual o plano para retomar essa liderança?

EUTÁCIO – Nós vamos resgatar a presença do Estado, se isso estiver acontecendo, com linhas de ações pedagógicas.

Temos no Cabo três alas e podemos desenvolver atividades com equipes técnicas e monitores.

Vamos criar oportunidade para que esse jovem saia de dentro do alojamento.

No alojamento ele só pensa em ir embora.

Na sala de aula e outras atividades, ele tem oportunidade de discutir um plano de vida para o futuro.

JC - A atual situação de tensão que existe hoje vai mudar?

EUTÁCIO - Tenho certeza que sim.

Já estamos sentindo isso, por causa de algumas ações nos centros de reeducação.

Tudo com a participação da Secretaria de Infância e Juventude em vários tipos de atividades.

Vamos mudar esse quadro com o tempo.