Foto: Agência Brasil Da Agência Estado Na avaliação da presidente Dilma Rousseff, “não tem a menor hipótese” de o ministro da Fazenda, Guido Mantega, deixar o governo. “A não ser que ele queira”, disse a presidente durante café da manhã com jornalistas nesta quinta-feira, aproveitando para desconversar sobre mudanças no ministério.
Questionada sobre o motivo de tantas críticas em relação a Mantega, Dilma respondeu: “Não podemos querer que gostem da gente”.
E aproveitou para brincar, dizendo que muita gente gosta dela. “Eu sou popular com o povo.” A presidente negou ainda que exista crise de energia no País ou mesmo apagão, preferindo usar a expressão “interrupção de fornecimento de energia”.
Segundo ela, “não tem também crise de racionamento” e prometeu investimentos no setor, tanto em novos sistemas, como em manutenção, destacando que “agora tem dinheiro”. “Tínhamos baixíssima capacidade de investimento”, disse. “A briga hoje é por investimento novo e manutenção, as duas coisas” completou.
Crescimento e impostos A presidente voltou a assegurar que o Brasil vai crescer mais em 2013 sem, contudo, mencionar o índice estimado para o ano que vem. “Espero que seja o maior possível”, declarou, defendendo uma expansão sustentável e contínuo. “Precisamos tomar medidas para que isso continue acontecendo.” A presidente citou ainda a redução de impostos, comentando que agora é possível, pois o Brasil chegou a um patamar de juro baixo, compatível com níveis internacionais. “Quando você reduz a carga dos juros, pode diminuir os impostos.” Avisou, entretanto, que não falará em reforma ampla, mas pontual, fazendo referência à menor tributação da folha de pagamentos.
CONTO - Dilma e Guido Mantega são personagens centrais do conto de fim de ano de um dos blogs do jornal britânico Financial Times.
No texto do “beyondbrics” - especializado em mercados emergentes -, a presidente brasileira é uma rena chamada de Roussolph e Mantega é chamado de Guido, o Elfo.
O conto começa com o Papai Noel avisando a todos que a equipe do trenó será a mesma do ano passado, com exceção do representante da América Latina. “Será Peña Nieto (presidente do México), que assume o lugar de Roussolph.” Ao ouvir a troca, Roussolph, indignada, pergunta para Papai Noel: “Você não pode me largar.
E o meu maravilhoso nariz vermelho brilhante?”.
Papai Noel argumenta que esse mesmo nariz vermelho é o problema, pois crianças não confiam em socialistas.
Roussolph questiona, então, a presença do líder chinês Xi Jinping, que é comunista. “Mas ele diz todas as coisas certas”, retruca o bom velhinho.
Roussolph volta a argumentar. “Mas lembre-se dos meus chifres.
Eles são os sextos maiores do mundo”, diz, ao ser interrompida por David Camerolph - referência ao primeiro-ministro inglês Cameron. “Não são mais. É terrivelmente triste, mas esse posto é nosso”, responde Camerolph.
Nesse momento, entra Guido, o Elfo. “Ótima notícia.
No próximo ano, os seus chifres vão crescer um metro”, anuncia o ajudante de Roussolph. “Mas como você sabe?”, questiona a chefe. “Eu fiz um cálculo completo.
Tenho a previsão de todos os outros elfos e multipliquei por dois”, afirma.
Resignada, Roussolph diz que Guido é mais persistente que um investidor em títulos argentinos e pergunta: “Por que não demito você?”.
Guido rebate: “Por que a The Economist disse isso a você?”.
Triste com a situação, Roussolph levanta a questão: “onde deu tudo errado, o que aconteceu com o brilhante B dos mercados emergentes, rico em recursos, amado pelos investidores e que finalmente está superando a corrupção?” Papai Noel interrompe e pergunta: “Você quer dizer a Bir…?”.
Roussolph se irrita: “Não.
Não quero dizer a Birmânia.
E a Birmânia vai sediar a Copa do Mundo?”.