A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, anunciou ontem à tarde que o salário mínimo a partir de janeiro de 2013 vai subir para R$ 678.
O valor será publicado em decreto assinado pela presidente da República, Dilma Rousseff, no Diário Oficial da União de amanhã.
Hoje o salário mínimo está em R$ 622.
Segundo Gleisi, o reajuste é de cerca de 9%, considerando a variação de crescimento mais a inflação.
O novo valor é também maior do que o previsto na proposta orçamentária para 2013, que é de R$ 674,96. “É um bom anúncio de Natal para o trabalhador, reconhecendo o esforço de todos os trabalhadores para os resultados que o País teve nesse ano”, disse Gleisi, que esteve reunida mais cedo com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.
BENEFÍCIO - Além do anúncio oficial do salário mínimo acima da inflação, o governo anunciou ontem outro benefício para a classe trabalhadora.
Desta vez, para aqueles que ganham bem mais que um salário mínimo.
O trabalhador que recebe uma participação nos lucros (normalmente chamada de PPL ou PPR) concedida por empresas de até R$ 6.000 terá isenção do Imposto de Renda, uma reivindicação antiga das centrais sindicais.
A nova regra deverá ser publicada por meio de medida provisória, também na próxima quarta-feira.
A presidente Dilma Rousseff ainda diminuiu a incidência do IR sobre três faixas de participação nos lucros.
Assim, quem receber Participação nos Lucros e Resultados entre R$ 6.000,01 e R$ 9.000 terá incidência de IR de 7,5%, entre R$ 9.000,01 e R$ 12.000, o percentual será de 15%.
Entre R$ 12.000,01 e R$ 15.000, a incidência será de 22,5%, e acima desse valor, de 27,5%.
PRESSÃO - “Hoje, o impacto é de 27,5% para todas as faixas”, explicou a ministra Gleisi Hoffmann.
Segundo ela, o impacto anual da desoneração será de R$ 1,7 bilhão ao ano.
Neste mês, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) defendeu isenção máxima de R$ 6.000, mas representantes de centrais sindicais pediam até R$ 10 mil.
O pacote de benefícios para os trabalhadores acontece uma semana depois de as centrais sindicais do País, juntas, anunciarem que aumentarão os protestos contra o governo em 2013.
Na interpretação das centrais o governo Dilma não está dando a devida atenção a antigos pleitos da categoria.