Por Adriana Guarda No Jornal do Commercio A PetroquímicaSuape (PQS) vai agregar R$ 6,7 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco.
O valor é equivalente a 7% do PIB do Estado, estimado em R$ 95 bilhões.
O cálculo foi realizado pela Agência de Planejamento e Pesquisas (Condepe/Fidem), num estudo dos impactos dos investimentos na economia pernambucana.
O complexo químico-têxtil também vai agregar tecnologia à indústria do Estado e estimular a cadeia produtiva dos dois setores.
Pelas contas da Condepe/Fidem, só a fase de construção da PQS (iniciada em 2007) agregou R$ 3,1 bilhões ao PIB.
A construção civil e pesada vem sustentando o crescimento da riqueza do Estado.
No terceiro trimestre de 2012, a expansão da atividade foi de 7,1% e permitiu uma taxa de crescimento de 1,4% do PIB entre janeiro e setembro.
Na fase de operação, deverão ser agregados outros R$ 3,6 bilhões ao PIB.
O secretário de Planejamento de Pernambuco, Frederico Amâncio, comemora a entrada em operação da PetroquímicaSuape, lembrando os impactos positivos que o empreendimento traz para a economia do Estado. “Será o segundo grande projeto estruturador a operar, contribuindo para mudar a matriz industrial”, observa.
Nos anos 70, a indústria respondia por 25% da economia do Estado.
A atividade perdeu espaço nas duas décadas seguintes e só agora começa a recobrar posições.
A projeção é que até 2030 o setor represente 28% do PIB. “A diferença é que a nova indústria de Pernambuco conta com empreendimentos com alto conteúdo tecnológico e valor agregado.
O açúcar ocupou durante séculos a posição de principal produto da nossa pauta.
Agora o Estado produz navios, terá uma montadora de veículos (Fiat), uma refinaria de petróleo e esse complexo petroquímico”, compara o economista Rodolfo Guimarães, diretor de estudos e pesquisas socioeconômicas da Condepe/Fidem.
A expectativa é que a PetroquímicaSuape gere um efeito renda de 167 mil postos de trabalho. “Isso está relacionado com todo o impacto gerado pelo empreendimento para além dos empregos diretos. É a secretária que o trabalhador da obra contrata, o mercadinho que abre em função da demanda e contrata novos funcionários e por aí vai”, explica o economista.
Isso sem falar na cadeia produtiva ao redor do complexo, que poderá atrair indústrias têxteis que usam poliéster e fábricas de embalagens PET.
Na área de PET, quatro unidades já se instalaram no Estado.