Foto: reprodução da internet Por Ayrton Maciel No Jornal do Commercio desta sexta-feira A Executiva Estadual do PT vai transferir para os diretórios municipais, inclusive o do Recife, a tarefa de investigar os casos de infidelidade partidária e punir os infiéis do pleito eleitoral deste ano, a partir de denúncias que forem formalizadas por petistas nos diretórios.

Caberá, porém, recurso contra a decisão ao Diretório Estadual.

Documento com a proposta foi discutido, ontem, na sede estadual, mas faltou quórum na hora de votar.

Havia nove quando eram necessários dez membros.

A decisão ficou para uma nova reunião em 14 de janeiro.

Depois segue para o aval do Diretório.

Após duas tentativas de avaliação das eleições, a Executiva conseguiu reunir 13 dos 19 membros - o quórum é de 50% mais um - e discutiu o documento da corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB), do senador Humberto Costa, emendado por propostas das tendências Articulação de Esquerda e Corrente Socialista.

Em tom mais ameno que o do documento original da CNB, que veio a público no começo da semana, a punição por infidelidade - o que inclui a expulsão - é mantida.

Sob o título “Garantir o estatuto e decisões do PT”, a proposta é um dos itens da longa análise das eleições e do desempenho do PT. “Infidelidade partidária ou prazos de filiações não podem ser ignorados, devem ser debatidos à luz do estatuto e do Código de Ética, sem se configurar acerto de contas, mas, também, sem se configurar inércia e omissão”, diz. “A CNB mantém a proposta abertura de processo (punição).

Eles estão firmes com isso, mas pegaram mais leve.

No Recife, não há provas de infidelidade, fotos, imagens”, discorda Gilson Guimarães, do PT de Luta e de Massas. “O problema não pode ser jogado para debaixo do tapete, mas alguém tem que denunciar primeiro ao Diretório Municipal”, disse o presidente Pedro Eugênio. “Se não for acatada pela municipal, pode recorrer à Executiva Estadual”, acrescentou Dilson Peixoto (CNB).