Carlinhos Cachoeira, protagonista de novo episódio de corrupção (Foto: reprodução) Da Agência Estado A CPI do Cachoeira deve votar nesta terça-feira (18) seu relatório final.

Apesar do clima acirrado entre situação e oposição, o deputado Odair Cunha (PT-MG), relator da CPI, garantiu que não deixará a comissão ser usada para alimentar o caso nem cederá a pressões. “Não vamos incluir ou excluir nada que faça parte do eixo essencial do nosso relatório”, afirmou Cunha.

Sua decisão sobre os votos em separado também será apresentada amanhã.

O relatório deveria ter sido apreciado semana passada, mas, com cinco votos em separado e requerimentos para novas investigações houve adiamento.

Cunha excluiu do texto dois capítulos e retirou o pedido de indiciamento do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e de vários jornalistas, entre eles o chefe da sucursal de Brasília da revista Veja, Policarpo Júnior.

Cinco partidos (PSDB, PMDB, DEM, PSOL e PPS) apresentaram votos alternativos ao do relator.

A maioria reivindica o aprofundamento das investigações em torno da empreiteira Delta, acusada de atuar em parceria com o contraventor Carlos Cachoeira.

A oposição também pede mais apurações sobre as empresas apontadas como fantasmas, que ajudariam a lavar dinheiro ilícito do esquema.

Os tucanos querem, ainda, a inclusão do empresário Fernando Cavendish, da Delta, do ex-diretor da empreiteira Carlos Roberto Duque Pacheco, do ex-chefe do Dnit Luiz Antonio Pagot e até do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu na lista dos indiciados.

Cunha admitiu que o nó que impede a aprovação do relatório tal como se encontra está atado porque não houve articulação suficiente em torno das cinco mil páginas apresentadas por ele. “Havendo decisão política, o tempo é o menos importante”, afirmou Cunha.

As informações são do jornal O Estado de S.

Paulo.