Foto: Fábio Jardelino/NE10 Apesar de o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) ter entregado seu primeiro navio (o João Cândido), em maio deste ano, com dois anos de atraso, o governador Eduardo Campos (PSB) exime o Estado de culpa.

Em entrevista para o Jornal do Commercio e o Blog de Jamildo nessa quinta-feira (13) para fazer um balanço do ano, o socialista afirmou que as falhas do empreendimento são as mesmas enfretadas pelas empresas privadas. “Há um guindaste menor, tecnologias que foram utilizadas e precisam ser reparadas… o programa de criar estaleiros no Estado é reconhecido.

Temos que viver a curva de aprendizagem.

Isso é um processo.

Não se faz por decreto nem do dia para a noite.

Agora, o importante é que está lá.

O navio saiu bem, a carteira está garantida, a Transpetro e Petrobras ajudaram a consolidar e nós estamos vencendo.

Acho que daqui a 10, 20 anos nós vamos perceber o quanto é importante o que está sendo feito nesse momento neste setor”, comentou.

A demora para entregar o João Cândido rendeu uma multa de R$ 3,6 milhões ao estaleiro pernambucano, além da suspensão do contrato de 12 das 22 embarcações encomendadas.

REFINARIA - Na entrevista, o governador também minimizou as greves dos trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima deste ano.

Alguns confrontos foram tão duros que houve quebra-quebra e confronto dos funcionários com a polícia. “Houve movimentos reivindicatóris não só na Refinaria, mas em todas as grandes obras do Brasil.

Em movimento reivindicatório, nós temos que sentar, dialogar e nos entender.

Foi o que aconteceu.

Aqui, nós tivemos um governo que operou o diálogo entre a Justiça do Trabalho, os trabalhadores organizados e o operariado”.