Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem Por Fernando Castilho, do JC Negócios, especial para o Blog de Jamildo Eleito com o discurso de bom gestor e coordenador da equipe do Governo do Eduardo Campos, Geraldo Julio parece que precisou se render aos fatos políticos e montar um secretariado possível, atendendo aos compromissos políticos do enorme arco que o elegeu, inclusive, com a adesão do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB).

Da equipe, portando, não se poderia esperar que estivessem apenas os meninos da Secretaria da Fazenda e do Tribunal de Contas do Estado, onde Eduardo Campos recrutou 100 servidores públicos.

Dessa equipe não poderia vir todos o secretários.

Teria que haver espaço para o arco político que vai lhe dar apoio na Câmara Municipal.

E parece claro que ele teve que se costurar com os que dispunha e não com o que desejava.

A foto da equipe, como se viu, não é de um time de Nerds e jovens executivos com a proposta de revolucionar a administração pública.

A bem verdade a idade média é bem alta, o que não quer dizer que isso possa ser um componente negativo.

Afinal, experiência é estrada que se faz no setor público, mas a parte mais velha da equipe, de fato, tem grande presença entre os meninos.

A questão é o que Geraldo Julio pretende retirar dessa equipe que se parece mais com o perfil de um Roberto Magalhães do que com aquele ajuntamento de última hora do primeiro governo de João Paulo.

Mas e daí?

Não se pode achar que o time não possa jogar bem.

Se escalado com competência.

O problema está nas laterais.

Ao trazer gente como Felipe Carreras, conhecido como o sócio da empresa de eventos Caldeirão (aliás, a razão social dela é bem interessante: Panela Cheia), Geraldo Julio chama para si a responsabilidade de gerenciar todas as restrições de um setor que operacionalmente vive brigando por recursos do setor público para eventos.

Podem não dizer isso de público, mas, em privado, os concorrentes de Carreras no mercado acham que não foi uma boa escolha.

Outro fator de acomodação partidária parece ter levado a Geraldo Julio a necessidade de contemplar interesses bem mais amplos.

Relações Institucionais com Fred Oliveira, Habitação com Eduardo Granja e Segurança com Murilo Cavalcanti são exemplos claros disso.

Ajudam?

Pode ser!

Assim como o convite a pessoas que definitivamente não precisam dos cargos para ajudar o Recife, mas que aceitaram mais para dar um certo charme à gestão, como é o caso de Silvio Meira na Inovação e Francisco Cunha, o Chico da TGI, no Instituto Recife.

E tem alguns casos que realmente terão de dizer a que vieram.

Criar uma secretaria para acomodar um vereador cuja bandeira foi o Direito dos Animais é no mínimo inusitado, pois o que fará mesmo Rodrigo Vidal?

Vai dirigir o setor que no passado foi conhecido como carrocinha?

Bom, vamos aguardar.

De certo parece claro que o prefeito escolheu o caminho de, primeiro cuidar do que a cidade exige: limpar o lixo, abrir o trânsito, pagar as contas e arrecadar mais imposto de forma a se apresentar ao eleitor que o elegeu no primeiro turno.

Claro que vai levar pancada e sofrer uma ação firme da pequena oposição, que já começou a trabalhar ao denunciar Valmar Correa de Andrade como ficha suja.

Mas e daí?

Não queria ser prefeito?!