O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) quer julgar 20% a mais do número de processos novos que ingressaram na Justiça em 2011.

No ano passado, o Judiciário pernambucano atingiu o índice de julgamento de 115% do acervo.

Deram entrada 418.187 novos casos e 481.065 foram julgados.

Os números deixam o Judiciário pernambucano em 8º lugar no ranking do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Ainda de acordo com o relatório produzido pelo órgão, desde 2009, o TJPE apresenta uma redução crescente no seu estoque de ações.

Apesar do esforço, o Tribunal de Justiça de Pernambuco ainda apresenta uma elevada taxa de congestionamento.

Mas alguns números devem ser considerados.

Através do levantamento feito pelo CNJ, concentrado no relatório Justiça em Números, divulgado este ano, o TJPE ocupa o 18º lugar, dos 27, no ranking com os demais tribunais estaduais do país no que se refere à despesa total da Justiça em relação ao PIB do Estado, com participação de 0,73%, isso apesar de Pernambuco ser o 10º maior PIB do Brasil.

No que trata da despesa total da Justiça em relação à despesa pública, o Judiciário pernambucano ocupa, com outros dois tribunais, a 23ª posição, com participação de 3,6%, ficando acima de apenas dois estados.

A despesa total da Justiça por habitante é de R$ 82,80, deixando o TJPE no 24º lugar.

O Tribunal dispõe de 4.8 magistrados para cada cem mil habitantes, ficando, junto com o Tribunal de Alagoas, em 22º no ranking no CNJ.

No que se refere ao total de servidores por habitante, a Justiça pernambucana conta com 96 para cada cem mil pessoas, ocupando a 20ª posição.

Para o presidente do TJPE, desembargador Jovaldo Nunes, os números mostram que existem muito déficits, mas que, apesar disso, existe um esforço coletivo de todo o Judiciário para corresponder aos anseios da população e prestar uma Justiça efetiva. “Estamos fazendo um levantamento mais detalhado do nosso acervo para verificar que outras ações podem ser feitas para acelerarmos ainda mais o trabalho no Judiciário”, concluiu.