Foto: reprodução Veja trecho do discurso de Jarbas no Senado sobre o governo Dilma É irônico que durante o Governo de um partido que se dizia aberto e democrático a Federação Brasileira viva seus piores momentos, seus estertores, com Governadores e Prefeitos tendo que implorar por recursos concentrados nas mãos de ferro da União.
A imagem que o Governo Dilma passa para todos é de que não existe planejamento.
O Governo vai agindo sem traçar cenários, sem se antecipar aos fatos, anunciando decisões como uma mera reação aos problemas que ganham as manchetes dos jornais.
Este é um governo que não age, apenas reage, muitas vezes, de forma atribulada e equivocada.
O exemplo mais evidente disso ocorre na propalada “faxina” que a Presidente Dilma Rousseff diz que faz no Governo.
Inicialmente, até torci para que isso fosse uma mudança de parâmetros, mas a verdade é que a Presidente Dilma sempre atuou a reboque dos acontecimentos em todos os episódios, dos escândalos que levaram à queda de seis Ministros de Estado até o mais recente caso envolvendo a Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo.
A Presidente Dilma pode até agir com mais presteza do que seu antecessor, mas se os casos continuam a se repetir é porque algo de errado ocorreu e continua ocorrendo na hora de definir os ocupantes das posições-chave do Governo Federal.
A Presidente também orienta seus subordinados a impedir qualquer tentativa parlamentar de investigar com autonomia os escândalos.
Pior é o Parlamento aceitar esse tipo de interferência.
O PT se transformou num verdadeiro carrasco da ética, tal a desfaçatez com que alguns integrantes do partido se dedicam ao mau feito.
Leia: Aliado de Eduardo, Jarbas diz que período do PT no poder se esgotou O PT tem uma imensa dificuldade em assumir seus erros e fazer uma autocrítica.
Figuras importantes do partido insistem na cantilena de que há uma conspiração, reunindo a grande Imprensa brasileira e a “elite”, elite essa que tem seus maiores representantes elogiando o Governo e participando como parceiros do setor público.
O pior é que ainda existe gente inteligente disposta a repetir essa farsa por meio de blogs e das redes sociais – todos “chapa-branca”, vale ressaltar.
A verdade é uma só, clara e simples: o PT, no exercício do poder, não apenas se nivelou aos demais partidos brasileiros que tanto criticou ao longo de sua história.
Fez pior.
Pois o PT deixou a ética de lado, abriu espaço para o aparelhamento do setor público como nunca se viu na história do Brasil.
Fruto desse desalento com a questão da ética, os escândalos até que causam certo frisson no primeiro momento, mas rapidamente se integram à paisagem. Às vésperas de completar 10 anos na Presidência da República, o PT deveria fazer uma autocrítica, a partir dos quadros qualificados e sérios que ainda existem no partido.
Deixar de lado a estratégia batida de posar de vítima, como insiste em fazer o Ex-Ministro José Dirceu.
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