PMDB de Têmer quer mostrar mais serviço para Dilma O crescimento da força e influência política de Eduardo Campos no plano nacional tem tirado o sono das lideranças do PMDB.
O partido vê seu espaço junto à presidência ameaçado com o crescimento do PSB, liderado nacionalmente pelo governador de Pernambuco.
As preocupações com espaços em ministérios e até com a manutenção de Michel Têmer (PMDB) na vice-presidência de Dilma para as eleições 2014 tem reverberado na relação entre os partidos e se mostra cada vez mais explícita.
O resultado das eleições deste ano, com o crescimento do PSB em cidades estratégicas para uma disputa nacional, não elevou o valor da liderança de Eduardo, que entrou de vez na disputa para os espaços políticos nacionais, junto à presidente Dilma.
PMDB e PSB estão num estado de desconfiança mútua, dando origem a um embate direto.
Na recente decisão de Dilma de vetar a redistribuição dos royalties do petróleo do Rio de Janeiro e Espírito Santo, quando o Governo defendeu o direcionamento da verba para a educação, o PMDB fez questão de mostrar fidelidade à base governista, discussando em favor da decisão da presidente.
O PSB se posicionou contra o projeto.
Os líderes dos dois partidos, Henrique Eduardo Alves (PMDB) e Sandra Rosado (PSB), são do mesmo estado, o Rio Grande do Norte A vaga de presidente da Câmara Federal também virou um ponto de conflito entre as duas siglas integrantes da base governista.
Henrique Alves (PMDB) trabalha para conquistar os votos dos aliados na base para a eleição que acontece em 2013.
O PSB entrou na disputa, o que deve dividir os votos da base aliada.
O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) trabalha o seu nome, com autorização velada de Eduardo Campos.
O PMDB respondeu abrindo disputa pelo Ministério da Integração Nacional, hoje nas mãos do pernambucano Fernando Bezerra Coelho (PSB), homem de confiança de Eduardo Campos.
O PMDB está se considerando sub-representado no governo de Dilma Rousseff.
Reclama de que seus ministérios - Agricultura, Assuntos Estratégicos, Minas e Energia, Previdência e Turismo - não estão à altura da força que o partido têm dado à presidente.
Enquanto isso, o PT estuda dar mais um ministério ao PSB.
Ciro Gomes poderia ganhar uma pasta, numa tentativa petista de neutralizar uma possível candidatura de Eduardo Campos à presidência da República.
Ciro Gomes, Eduardo Campos e Fernando Bezerra Coelho, todos do PSB, têm gerado ciúmes do PMDB