Em nota oficial sobre o Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), os deputados estaduais Antônio Moraes (Líder da Oposição), Severino Ramos (Vice-Líder de Oposição), Betinho Gomes e Daniel Coelho, acusam o Governo do Estado de tratar com discriminação o hospital, ligado à Universidade de Pernambuco.

Relatório de visita ao Hospital Universitário Oswaldo Cruz Em visita realizada na última quinta-feira (06-11) ao Hospital Universitário Oswaldo Cruz, nós, representantes da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, pudemos observar as inúmeras dificuldades às quais a instituição apresenta, em que pese os esforços realizados por direção, médicos, funcionários e estudantes.

Foi identificado, por exemplo, que o principal problema não está na questão do vínculo do hospital com a Secretaria de Ciência e Tecnologia, ao invés da Secretaria de Saúde, como seria o normal.

E sim no tratamento desigual do governo do Estado no que se refere à liberação de recursos em relação a outros hospitais, como o Getúlio Vargas e a Restauração, por exemplo.

Um exemplo deste tratamento desigual diz respeito à questão dos terceirizados.

Enquanto nos demais hospitais estaduais o pagamento desses funcionários é feito pelo governo, no Oswaldo Cruz é a própria instituição que precisar bancar essa despesa, que representa um peso de 20% nos cerca de R$ 5 milhões recebidos mensalmente pelo hospital em convênio com o SUS, sendo essa a única fonte de repasse direto para o hospital.

Isto explica boa parte dos problemas da instituição, como a falta de médicos e equipamentos. É necessário que se tenha a compreensão de que a importância do Hospital Oswaldo Cruz vai além do tratamento de saúde dos pacientes.

Estamos nos referindo também a uma instituição de ensino, que forma inúmeros profissionais de saúde altamente qualificados e que vão reforçar um mercado de trabalho cada vez mais carente. É preciso ainda preservar a autonomia da instituição, cujos diretores são escolhidos internamente, por seus próprios membros.

O governo não pode olhar para o Oswaldo Cruz de maneira política, reduzindo ou aumentando os investimentos de acordo apenas com suas conveniências. É necessário que a atenção seja permanente e os investimentos sejam, realmente, ampliados. É preciso que a instituição tenha um tratamento digno, do tamanho de sua importância para o Estado.

E é este o apelo que fazemos, através desta nota, ao governo estadual.

Que trate o Hospital Universitário Oswaldo Cruz da maneira que ele merece.

Recife, 10 de dezembro de 2012