Foto: reprodução O PSDB, que na última segunda-feira (3) já lançou o nome do senador Aécio Neves para a campanha presidencial de 2014, emitiu nota na última quarta-feira (5) acusando o governo do PT, comandado pela presidente Dilma Rousseff (PT), de agir com demagogia.

O ponto que deu início à discussão é a redução das tarifas de energia elétrica, anunciada por Dilma no dia 7 de setembro, faltando menos de um mês para as eleições municipais.

O ato foi visto pela oposição como um ato eleitoreiro.

A redução das tarifas, todavia, não é de todo certa.

Os possíveis impactos econômicos que a medida pode trazer às finanças federais estão travando a proposta do Governo.

E os principais críticos são justamente os tucanos, que ameaçam processar Dilma por “estelionato eleitoral”.

A nota menciona ainda os condenados no julgamento do mensalão, ao afirmar que aqueles que se dizem defensores dos mais pobres estão a caminho da cadeia. “O PT está em busca de um discurso populista, sem a menor responsabilidade democrática”, afirma a nota, assinada pelo presidente nacional do PSDb e deputado federal pernambucano Sérgio Guerra.

Segue a íntegra da nota.

Nota à imprensa - Estelionato eleitoral A presidente Dilma Rousseff prometeu, às vésperas do primeiro turno das eleições municipais, baixar a tarifa de energia dos brasileiros.

O PSDB espera que a palavra da presidente seja honrada.

Caso contrário, será acusada de estelionato eleitoral.

Em São Paulo e Minas Gerais, estados governados pelo PSDB, os mais pobres já pagam tarifas menores de energia, porque estão isentos do ICMS.

O Paraná, outro estado administrado pelo partido, também não aderiu à oferta de renovação de contratos de geração de energia, mas confirmou a renovação antecipada dos contratos de 86% de suas linhas de transmissão operadas pela Copel.

Isso vai significar uma redução de cerca de R$ 200 milhões na receita mensal da companhia, a partir da renovação dos contratos.

Em relação a benefícios sociais, o Paraná também tem uma política de atendimento a famílias carentes.

São 200 mil famílias com renda per capita inferior a um salário mínimo, que moram em casas de até 50 metros quadrados e consomem até 100 kw/mês, que estão isentas da conta de luz.

Isso quer dizer que a conta de luz dessas famílias é paga pelo estado.

Já o PT age de maneira distinta nos estados sob seu comando – o Rio Grande do Sul é um exemplo.

Neste instante, o que está em discussão não é a redução das tarifas de energia, com a qual nós concordamos integralmente, mas a demagogia do governo.

Afogado em notórias dificuldades, o PT recorre ao falso argumento de que é o único que defende os pobres.

Os “defensores dos mais pobres” estão a caminho da cadeia, punidos pela Justiça, enquanto os governos estaduais do PSDB cumprem o seu papel.

Não somos cúmplices daqueles que levaram a Petrobras à delicada situação em que se encontra, nem tampouco dos que levaram a Eletrobras a perder, em poucos dias, quase 50% de seu valor de mercado.

O PT está em busca de um discurso populista, sem a menor responsabilidade democrática.

Brasilia, 5 de dezembro de 2012 Deputado Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB