Blog Imagem Por Jamildo Melo, editor do blog Quem inventa de viajar de carro pelo Nordeste, de férias, acaba se estressando mais do que aproveitando os encantos naturais dos Estados.

Uma pena.

Não deveria ser assim.

Acabo de chegar de uma semana de descanso na Chapada Diamantina, no coração da Bahia.

Todos que pudessem ir lá deveriam conhecer, pois vale a pena, em especial fazer trilhas no Vale do Pati.

Há a possibilidade de pernoitar vários dias, nas casas dos nativos, junto à natureza intocada do lugar.

Paisagem indescritíveis, cachoeiras de águas límpidas, cavernas com quilômetros de extensão.

Não há o conforto da vida moderna, mas garanto que o cabra sente-se melhor do que na ida.

O problema é chegar lá, enfrentando estradas esburacadas e, pior do que isto, sem o benefício da duplicação, à mercê de caminhoneiros suicidas (não todos, é claro).

Sergipe, quem sabe em função das muitas indústrias pelo interior, é um alívio, com seus cerca de 200 quilômetros de estradas em perfeito estado.

Alagoas é um nó, com vários quilômetros inconclusos.

No trecho baiano, há até pedágio, mas a fila ainda é indiana depois de Feira de Santana.

Enfim, uma vergonha, que não ajuda em nada o nosso turismo regional.

Depois, reclamam que as pessoas fujam para os Estados Unidos ou a Europa.

Nos Estados Unidos, em estradas seguras, com até quatro pistas, uma viagem de mil quilômetros como esta é feita sem qualquer problema ou receio, salvo apreciar a paisagem.

Bem, pagamos a conta com o FMI, não foi?

Besteira, continuamos um país muito pouco civilizado e que não respeita seus contribuintes de forma alguma.

Custa acreditar que franceses, americanos, alemães e até eslovenos venham ver essas belezas, até mais do que os brasileiros, mas eles chegam de avião e vão até Lençóis pelo ar.

Menos mal.