Em entrevista ao Blog de Jamildo, o superintendente do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira - IMIP, Dr.
Gilliatt Falbo, afirma - a despeito de algumas críticas - que o modelo de gestão da instituição “faz mais, melhor e mais barato”.
O IMIP tem sido alvo de críticas que miram o Governo do Estado - que, dizem alguns, estaria beneficiando o Instituto.
Os dados apresentados por Gilliatt para comprovar sua tese comparam os desempenhos dos hospitais estaduais geridos pelo Estado, como HR - Hospital da Restauração, HAM - Hospital Agamenon Magalhães, HGOF - Hospital Geral Otávio de Freitas, HGV - Hospital Getúlio Vargas e HBL - Hospital Barão de Lucena; com os hospitais universitários, a exemplo do HUOC - Hospital Universitário Oswaldo Cruz, PROCAPE - Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco, CISAM - Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros, HC - Hospital das Clínicas e IMIP - Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira; e com os hospitais estaduais gerenciados por organizações sociais, que são o HMA - Hospital Miguel Arraes, HDH - Hospital Dom Hélder, HPS - Hospital Pelópidas Silveira e o HDM - Hospital Dom Malan.
Os dados, levantados junto ao CNES/DATASUS e TABWIN/DATASUS, trazem uma página de comparativo entre o IMIP, o Hospital Miguel Arraes (de administração do IMIP) e o Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC).
A receita do IMIP advinda do SUS é de R$ 178 mil, já que é o centro médico com mais leitos (1047).
Mas o ponto polêmico vem a seguir.
O Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), gerido pela UPE, tem 407 leitos e recebe R$ 45 mil do SUS.
Já o Hospital Miguel Arraes, da gestão IMIP, tem 173 leitos e recebe mais verba: R$ 57 mil. É um dos pontos pelo qual o Governo e a administração IIP estão sendo alvo de críticas.
Mas, de acordo com Gilliatt Falbo, não deveria existir polêmica se as informações fossem claras. “A verba do Hospital Miguel Arraes é maior, sim.
Mas é porque é deste valor que saem os salários dos nossos funcionários.
Destes R$ 57 mil, 60% vai para o pagamento da folha salarial”, esclarece.
A folha do HUOC, de R$ 88 mil, não está inclusa na verba recebida pelo SUS.
O levantamento mostra ainda que o IMIP tem o leito mais barato do Estado, custanto em média R$ 170 mil/ano.
Seguem a lista o Hospital Geral Otávio de Freitas (R$ 195 mil/ano) e Hospital Dom Malan, da gestão IMIP (R$ 227 mil/ano).
Os dados do Custo Médio/AIH também revelam os dados positivos da administração.
O Dom Malan é o mais barato, custando R$ 3.246; seguido do IMIP, R$ 4 mil; Hospital Miguel Arraes R$ 5.245.
Apesar de estar entre os mais baratos, o HMA é o centro que tem mais alto número de Autorizações de Internações Hospitalares (AIH) por leito.
Antonio Figueira, por ser ex-presidente do IMIP e filho do fundador do instituto e ser também o secretário estadual de Saúde, a administração IMIP tem sido apontada por alguns estudantes como beneficiada pela Secretaria de Saúde de Pernambuco em detrimento dos hospitais universitários, a exemplo do HUOC, que enfrenta crise.
Mas há que se pontuar que o HUOC é gerido pela Secretaria de Ciência e Tecnologia, não pela de Saúde.
O superintendente do IMIP, Gilliatt Falbo, se queixa de que a instituição tem sido alvo de “acusações injustas com base em informações incompletas”. “Já ouvi muitas infâmias.
Mas quem tem que responder às reivindicações dos estudantes é a administração do hospital onde eles atuam”. “Não tenho nada contra ninguém de lá.
Só espero não sofrer injustiças.
O TCU nunca rejeitou as contas do IMIP.
Por conta do nosso gerenciamento nós fazemos mais, nós fazemos melhor e mais barato.
E desafio alguém a provar o contrário”, diz o superintendente.
Veja abaixo a íntegra dos dados do levantamento.
Grandes_Hospitais_PE from vsobreira