Foto: Andréa Rego Barros/divulgação Por Manoel Guimarães No Jornal do Commercio deste domingo Inverter uma lógica antiga, com poucos e mal remunerados cargos de gerências, e que fragiliza a base da pirâmide.
Este é um dos principais desafios da equipe de transição do prefeito eleito do Recife, Geraldo Julio (PSB).
Determinado pelo próprio socialista, o grupo tenta recompor essa lógica, fortalecendo a estrutura decisória de gestão, possibilitando ao futuro prefeito convocar nomes que possam ser responsáveis por determinadas áreas, cumprindo metas e sendo remunerados à altura das responsabilidades adquiridas.
Tudo dentro do conceito de monitoramento aplicado no governo do Estado, mas com uma importante ressalva: não aumentar os gastos com pessoal da Prefeitura, além de preservar e até fortalecer a capacidade operacional da estrutura.
PCR tem cerca de 9 mil terceirizados O enigma de como aumentar a eficiência do município sem gerar despesas tem feito a equipe de transição se debruçar nos números fornecidos pela equipe do prefeito João da Costa (PT).
Há uma ideia de ampliar os cargos de chefia imediata nas secretarias - no caso, os diretores.
Para fazer isso, atendendo também à “cláusula geraldiana” de não aumentar os gastos, seria necessário reduzir comissionados e terceirizados.
Os socialistas já diagnosticaram a necessidade de reverter a diferença salarial “gritante” dos secretários e secretários-executivos (cujos vencimentos brutos são de aproximadamente R$ 13 mil e R$ 8 mil, respectivamente) para os diretores, que recebem cerca de R$ 5 mil brutos.
Os valores das comissões variam por cargo ocupado.
Como o número de efetivos que possuem comissões ou funções gratificadas é relativamente pequeno, os cortes tendem a ocorrer com aqueles nomes que não fazem parte do quadro fixo da Prefeitura.
Uma das diretrizes que Geraldo quer implementar é que cargo não pode servir para “complementar remuneração” de quem estiver em atividade operacional, sob pena de desvirtuar a lógica da futura gestão.