Foto: Clemilson Campos/JC Imagem Por Manoel Guimarães No Jornal do Commercio desta sexta-feira Embora sua posição já fosse conhecida no PT, a nota que o senador Humberto Costa encaminhou à imprensa na quarta-feira (28) - defendendo que o partido se mantenha independente em relação ao governo do prefeito eleito do Recife, Geraldo Julio (PSB) - contribuiu para tumultuar ainda mais o clima na legenda.
A decisão deverá ser oficializada amanhã, durante reunião do diretório municipal.
Em carta, Humberto diz ser contrário à participação do PT na gestão de Geraldo Porém, com o posicionamento da maior liderança do PT no Estado tornado público, mesmo divergindo de parte significativa de outros petistas que vêm defendendo uma aliança com o PSB no Recife, o clima ficou mais complicado, inclusive na tendência Construindo um Novo Brasil (CNB), comandada pelo próprio Humberto.
PT define no próximo sábado adesão ou não ao governo Geraldo Procurados, os vereadores petistas evitaram rebater o correligionário, mas pregaram que a decisão será tomada apenas na reunião deste sábado.
E acabaram deixando no ar a impressão de que o senador teria sido precipitada. “Vamos aguardar o diretório.
Não quero comentar nada”, disse o presidente da Câmara Municipal, Jurandir Liberal, que integra a CNB.
Sileno faz aceno para Oscar Barreto e diz que apoio do PT a Geraldo é “natural” “É uma posição dele, não é do coletivo.
A gente sempre tem dito que devemos evitar as discussões pelo jornal.
A minha posição eu vou botar no diretório”, censurou Luiz Eustáquio, também membro da CNB. “As ponderações do senador são interessantes e pertinentes.
Eu já conhecia a posição dele, mas acho que ou você é governo ou é oposição.
Ficar no meio termo abre espaço para o varejo político”, afirmou o vereador eleito Henrique Leite.
Para o presidente municipal do PT, Oscar Barreto, a nota de Humberto aparenta ter sido escrita por “alguém que está magoado”, em referência à derrota do correligionário na eleição de outubro. “Os argumentos dele são muito frágeis.
O PSB ganhou a eleição e não houve nenhum convite para nada.
Mas tanto Humberto quanto Pedro Eugênio (presidente estadual do PT) não param de falar em cargos.
Ninguém está discutindo isso.
A possibilidade de o PT estar no governo ou não é um debate que temos que fazer de maneira politizada.
Humberto é uma grande liderança, mas está com uma avaliação errada da conjuntura”, disparou Oscar.
Na nota, Humberto negou um veto ao governo Geraldo Julio, mas criticou a postura do PSB.
Alegou que o socialista utilizou “um discurso de oposição” ao PT para se eleger, apontou “pontos divergentes” no programa de governo do PSB e queixou-se de que o PT “foi excluído da Frente Popular”.
Para ele, o “apoio puro e simples” faria o PT “deixar de ser uma alternativa de poder no Recife”.