Após vir à tona um esquema de desvio de dinheiro no Hospital Regional Dom Moura, em Garanhuns - no Agreste do Estado -, a Secretaria Estadual de Saúde divulgou uma nota no fim da tarde desta quinta-feira (29), na qual exalta que o inquérito foi aberto pela política a partir de uma denúncia feita pelo secretário de Saúde, Antonio Carlos Figueira.

Polícia desmascara esquema de desvio de dinheiro no Hospital Regional Dom Moura “A suspeita de possíveis irregularidades surgiu a partir do envio à SES, por parte de uma empresa prestadora de serviços ao Dom Moura, de um ofício cobrando o pagamento de R$ 10 mil reais, distribuídos em duas notas fiscais.

A SES, no entanto, constatou que esse pagamento já havia sido efetivado.

E que os cheques apresentados pela prestação de contas do hospital divergiam dos cheques sacados no banco.

Todo o volume de documentos foi entregue à SDS, assim como eventuais esclarecimentos foram feitos ao delegado responsável pelo inquérito, que correu em segredo para que as investigações não fossem atrapalhadas, informa o texto.

Veja a nota completa: A Secretaria Estadual de Saúde enaltece o trabalho de investigação realizado no Hospital Regional Dom Moura, em Garanhuns - no Agreste do Estado -, pela Polícia Civil de Pernambuco.

O inquérito foi iniciado a partir de denúncia feita pelo secretário de saúde, Antonio Carlos Figueira, ao secretário de Defesa Social, Wilson Damásio, por meio do ofício 591/2012, protocolado na SDS em 4 de julho de 2012.

A suspeita de possíveis irregularidades surgiu a partir do envio à SES, por parte de uma empresa prestadora de serviços ao Dom Moura, de um ofício cobrando o pagamento de R$ 10 mil reais, distribuídos em duas notas fiscais.

A SES, no entanto, constatou que esse pagamento já havia sido efetivado.

E que os cheques apresentados pela prestação de contas do hospital divergiam dos cheques sacados no banco.

Todo o volume de documentos foi entregue à SDS, assim como eventuais esclarecimentos foram feitos ao delegado responsável pelo inquérito, que correu em segredo para que as investigações não fossem atrapalhadas.

Sobre os envolvidos no caso, a SES esclarece que adotou todas as providências dentro da legalidade: A diretora da unidade, Maria Emília Pessoa, será exonerada do cargo, a pedido, com publicação do ato na edição de amanhã do Diario oficial do Estado; Lucio Ferreira Duarte Neto, que atuava como assistente administrativo, já havia sido exonerado desde 26 de outubro de 2012; Maria Lúcia Cordeiro de Lima, que era uma funcionária terceirizada, atuando no apoio administrativo, já foi desligada do hospital; e Maria Veridiana Albuquerque da Silva Araújo, que é servidora concursada do hospital, foi dispensada da função gratificada de apoio administrativo no dia 30/10/2012.

Por se tratar de uma servidora, a SES já solicitou a abertura de processo administrativo disciplinar contra Maria Veridiana.

Já Marcone Souto de Araújo, também indiciado no inquérito, não possui qualquer vínculo com o hospital.

A partir de amanhã, com publicação da nomeação no Diário Oficial, o Dom Moura terá nova direção.

Responderá pela direção-geral Karla Freitas Nogueira, enfermeira com especialização em gestão do SUS pela Fiocruz, e que há 14 meses vinha comandando o Hospital Regional Emília Câmara, em Afogados da Ingazeira, depois de ter atuado na Gerência-Geral de Assistência à Saúde da SES, no Recife.

Por fim, a SES vem a público esclarecer que o caso não prejudicou a assistência prestada pelo hospital à população e que os serviços oferecidos pela unidade, referência para 21 municípios do Agreste, com mais de 13 mil pessoas atendidas por mês, permanecem em pleno funcionamento.

E ainda que as irregularidades não representam o corpo de 580 funcionários do Hospital, tampouco a gestão estadual, pautados pela responsabilidade, legalidade, transparência na administração dos recursos públicos e compromisso com os usuários do SUS.