Por Manoel Guimarães No Jornal do Commercio desta segunda-feira Faltando duas semanas para a eleição da mesa diretora da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), marcada para 3 de dezembro, os 49 deputados e presidentes dos 17 partidos presentes na Casa ainda fecham as últimas articulações para ocupação dos espaços de poder.

A ideia é buscar um consenso, evitando possíveis bate-chapas pelo equilíbrio de forças.

Para contemplar a todos, também serão discutidas as presidências das comissões temáticas, de modo que as legendas que ficarem de fora da mesa pelos critérios de proporcionalidade deverão presidir um dos colegiados da Alepe.

Os cargos mais importantes da Casa tendem a não sofrer alterações.

Assim, pelo quarto biênio consecutivo, Guilherme Uchoa (PDT) e João Fernando Coutinho (PSB) devem continuar, respectivamente, como presidente e primeiro secretário.

O deputado Leonardo Dias (PSB) tem procurado se articular para ocupar a primeira secretaria, mas, em reserva, alguns deputados se dizem descrentes com a postulação de Dias. “Depois do desgaste pela aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reeleição, no ano passado, não tem como mudar os candidatos”, ressalta um parlamentar. “Aquele episódio foi para garantir a reeleição de Uchoa e João Fernando.

Não tem como mudar isso depois de todas as criticas que recebemos”, completa outra fonte.

Para os demais cargos, ainda há muitas indefinições.

O PTB, que terá uma bancada de seis deputados, deverá ser mantido na primeira vice-presidência, hoje ocupada por Marcantônio Dourado.

Há um documento do partido circulando pela Alepe defendendo o nome de Júlio Cavalcanti, mas Dourado ameaça bater chapa no dia da eleição para permanecer na mesa.

Adversários no plano nacional, PT e PSDB podem ser forçados a um entendimento, já que ambos também possuem seis deputados.

Os petistas, que hoje detém a segunda secretaria, com Sérgio Leite, pretendem indicar André Campos para a segunda vice-presidência, hoje ocupada pelo tucano Édson Vieira, que se elegeu prefeito de Santa Cruz do Capibaribe.

O nome mais cotado do PSDB para a mesa é o de Claudiano Filho.

A maior polêmica permanece entre terceira e quarta secretarias, atualmente ocupadas por Henrique Queiroz (PR) e Eriberto Medeiros (PTC).

Isso porque o PSD possui quatro deputados, o dobro em relação aos demais, e alega, pelo critério da proporcionalidade, ter direito a um espaço na mesa.

Eriberto, que deseja se manter no posto, alega que o PSD não existia em 2010, quando os deputados foram eleitos.

O PSD deve se reunir esta semana para fechar um nome a oferecer.

Mesmo sem saber para qual vaga, o PR já indicou Sebastião Oliveira.