Da Agência Estado O governo vai concentrar esforços para aprovar até 2013 a lei de responsabilidade sanitária, uma variação da lei de responsabilidade fiscal para a área da saúde.

O texto permite, por exemplo, punir administradores quando for constatada a ausência de atendimento básico ou quando verba carimbada para a saúde for destinada para outro fim.

Entre as penas em análise estão a multa, perda do cargo público e a suspensão de direitos políticos.

Considerada uma ferramenta essencial para melhorar a gestão, a proposta se viu às voltas até agora diante de uma forte resistência.

A principal crítica era o rigor das penas: administradores que não cumprissem metas estabelecidas poderiam ser presos.

O ponto de polêmica foi retirado, a proposta abrandada e, com isso, governo confia que a discussão agora ande mais rápido.

Dois projetos sobre o tema tramitam no Congresso.

O mais antigo, de 2007, foi apresentado pelo deputado Dr.

Rosinha (PT-PR) e está sob a relatoria de Rogério Carvalho (PT-SE).

O senador Humberto Costa (PT-PE) trouxe outra proposta ano passado.

Interessado na aprovação, o Ministério da Saúde passou a trabalhar por um acordo. “Traçamos uma estratégia comum: apoiar o projeto que estiver no estágio mais avançado da tramitação, justamente para dar mais rapidez ao processo”, contou.

Carvalho confirma: “A ideia é dar agilidade a toda discussão”.

Na Câmara, o projeto está na Comissão de Finanças e Tributação.

O texto do Senado aguarda avaliação na Comissão de Constituição e Justiça.

Tanto Carvalho quanto Costa avaliam que o documento ainda passará por modificações. “O principal será mantido: ter à disposição um mecanismo que garanta a execução das metas estabelecidas pelos administradores”, resumiu Carvalho.

As informações são do jornal O Estado de S.

Paulo.