Igo Bione / JC Imagem Otávio Batista Leia no Jornal do Commercio deste domingo (18) Você já pensou em ser vereador?

Ocupar uma vaga em uma Câmara Municipal, propor leis, fiscalizar o Executivo, organizar audiências públicas para debater a cidade?

Se a resposta for sim, então prepare-se para investir uma pequena fortuna em uma campanha eleitoral.

Os 39 vereadores eleitos em outubro no Recife para formar a legislatura 2013 a 2016 desembolsaram em média R$ 116.780,21 nas suas campanhas eleitorais.

O custo médio “per capita” do voto por vereador eleito na capital foi de R$ 19,79.

Segundo as contas que prestaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a nova Câmara, ao tomar posse no próximo dia 1º de janeiro, terá investido um total de R$ 6.309.428,44 para ser formada.

O vereador eleito que mais gastou e arrecadou foi o ex-ministro Raul Jungmann (PPS), que angariou nada menos do que R$ 948.008,92 e declarou R$ 872.350,02 em despesas ao TSE.

A receita do pós-comunista é mais que o dobro da segunda campanha mais abundante em recursos, a do vereador reeleito Almir Fernando (PCdoB), que levantou R$ 413.513,44 e é 84 vezes maior que a mais modesta delas, a da novata Irmã Aimée de Carvalho, gastou apenas R$ 10.307 na campanha para conquistar seu primeiro mandato no Legislativo municipal.

O custo proporcional para cada um dos 11.873 votos nominais que Jungmann recebeu foi de R$ 79,84.

Durante a campanha, o vereador eleito adotou um discurso baseado na redução dos gastos no Legislativo, principalmente na questão do aumento de 62,9% no salário dos vereadores, quantia que prometeu doar para a organização filantrópica Casa de Passagem.

Já a Irmã Aimée, ligada à Assembleia de Deus, gastou pouco mais de R$ 1 por voto.