Foto: Mellyna Reis/NE10 Mellyna Reis Do NE10/Bahia O governador Eduardo Campos comemorou os recursos anunciados pelo governo federal para combater os efeitos da seca em Pernambuco.

O socialista foi o mais assediado após a 16ª Reunião do Conselho Deliberativo da Sudene (Condel), nesta sexta (9), no Hotel Deville, na praia de Itapoã, em Salvador, na Bahia.

Disputado pela imprensa e por duas “fãs” que queriam ser fotogradas ao lado dele, Campos deixou para se pronunciar somente ao final do encontro. “Foi uma reunião que dialogou com uma reivindicação antiga nossa que era de botar dinheiro no Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional e que agora vai ter recursos garantidos”, avalia.

Mais uma vez, Eduardo Campos foi questionado sobre as projeções políticas para 2014, já que pouco antes de começar a reunião, o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), lançou o nome do colega de partido para compor a chapa de reeleição da presidente Dilma Rousseff na posição de vice. “Não estamos conversando organicamente sobre 2014, não é o caso.

O debate eleitoral pode até encantar aqueles que vivem nos gabientes em Brasília ou quem faz a cobertura política, mas com certeza não é o assunto número um nesse instante”, cortou.

Diante da insistência no tema, o pernambucano voltou a se esquivar alegando que uma decisão precipitada tem mais chances de erro. “As circunstâncias são muito importantes num processo político.

Vocês acabaram de assistir uma eleição municipal onde muita coisa que foi escrita dois anos antes não tinha nenhum valor no dia da eleição”, dispara.

O socialista evitou comentar sobre a proposta do Ministério da Fazenda de unificar a alíquota interestadual do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 4% argumentando que a medida deve ser melhor discutida e avaliada entre os estados.

Contudo, confirmou ter abordado a presidente Dilma Rousseff no encontro desta semana, em Brasília, sobre o projeto de divisão dos lucros dos royalties da extração do petróleo. “Quando há escassez de recursos, crise fiscal queda de arrecadação é natural que se fale de uma fonte de receita, mas agora é uma hora de expectativa da decisão que virá da presidenta Dilma”, adiantou.

Sobre os frequentes elogios à gestão pernambucana por parte do futuro prefeito de Salvador, ACM Neto, o presidente nacional do PSB comentou apenas que “é bom ter o trabalho reconhecido”.

Entretanto, negou qualquer aproximação de cunho eleitoral. “O meu partido é da base de apoio partido de Nelson Pelegrino (PT), que foi concorrente dele”, pontua.