(Foto: Compesa/divulgação) A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) está intensificando, desde a última segunda-feira (5), a operação de combate a furtos de água na Adutora do Sertão, localizada em uma das regiões mais castigadas pela escassez de chuvas.

A operação, que recebeu o nome de “Água Legal”, conta com o apoio do Ministério Público e da Secretaria de Defesa Social.

Após dois dias de operação, foram efetuadas duas prisões em flagrante e identificadas e suprimidas 26 ligações irregulares, além de retirados 4 mil metros de tubulações clandestinas.

A Adutora do Sertão tem ao todo 220 km de extensão e é responsável pelo abastecimento das cidades de Salgueiro, Terra Nova, Verdejante e Serrita.

Nos últimos dias, os técnicos da Compesa observaram uma queda de vazão estimada em 105 litros de água por segundo, no trecho de 25 km compreendido entre a cidade de Cabrobó e a Serra do Monte Santo.

Esse volume de água desviada é suficiente para atender uma população de 40 mil habitantes, semelhante a uma cidade como Ouricuri.

Preocupada com a situação de desabastecimento nas áreas urbanas e sem perspectivas de chuvas, o presidente da Compesa, Roberto Tavares, optou por pedir ajuda ao MPPE e à Secretaria de Defesa Social.

A Compesa identificou através de sobrevoo de helicóptero da polícia 45 pontos de possíveis irregularidades.

No geral, existem dois tipos de problemas: propriedades que são clientes da Compesa e estão desviando água para irrigação (quando deveria ser exclusivo para consumo humano) e as propriedades com ligações clandestinas. “Nossas adutoras sempre foram alvo dessas ações, que são criminosas.

Além de prejudicar o fornecimento de água à população, quem desvia ainda não paga pelo valor da água”, afirma o diretor Regional da Compesa, Fernando Lôbo.

Como resultado da operação desses dois dias, a Compesa já conseguiu abastecer melhor as cidades atendidas pela Adutora do Sertão.

O trabalho deverá continuar até que sejam identificados os demais responsáveis pelos desvios ao longo da adutora em toda a região. “Roubo de água é crime e precisa ser tratado como tal.

Por isso, vamos seguir com a Operação Água Legal com o apoio do promotor Epaminondas Tavares (do MPPE) e das equipes da CIOSAC (Polícia Militar), garantindo que a água chegue às residências e atingindo o seu principal objetivo, que é o consumo humano, e não para outros fins”, destaca o diretor Fernando Lôbo.