A audiência pública para debater os problemas que vêm afetando o setor elétrico no País e, particularmente em Pernambuco, marcada para esta quarta-feira (7) pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa (Alepe) foi suspensa, porque as empresas convocadas não compareceram, embora tenham confirmado presença.

Pela manhã, em cima da hora, Chesf, Celpe e Aneel enviaram um comunicado ao presidente do colegiado, o deputado Betinho Gomes (PSDB), informando o não comparecimento de seus representantes à audiência pública.

Na avaliação do deputado Betinho Gomes, a ausência dessas empresas é uma atitude de desrespeito com a Alepe uma vez que a intenção do encontro proposto era trazer informações ao cidadão pernambucano sobre o apagão que atingiu todo o Nordeste, no final do mês passado, e ainda atinge algumas cidades do Interior do Estado. “Nosso objetivo não era de responsabilizar quem quer que seja, mas debater um assunto que preocupa toda a população.

Essa falta de transparência e de diálogo só aumentam nossas preocupações com a situação do setor elétrico brasileiro”, disse o tucano, em pronunciamento no plenário.

Entre as entidades que estiveram presença estão o Procon estadual, a ONG Ilumina Nordeste, a Arpe, Fiepe, Sindicato dos Urbanitários, Fecomércio e a Comissão de Energia do Clube de Engenharia.

CÂMARA FEDERAL - O ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, foi convocado pela Câmara dos Deputados para explicar, no próximo dia 21, as falhas recorrentes no sistema de distribuição de energia elétrica, numa audiência pública conjunta das Comissões e Fiscalização e Controle Financeiro e de Minas e Energia.

A Comissão de Fiscalização e Controle aprovou nesta quarta (7) o requerimento dos deputados Mendonça Filho (DEM-PE) e Vanderlei Macris (PSDB-SP) e decidiu desdobrar a convocação em duas audiências públicas para discutir os apagões.

A primeira audiência pública será com o ministro de Minas e Energia e a segunda, com representantes da Operadora Nacional do Sistema Eletrico (ONS), da Aneel, Grande Furnas, Eletrobrás e Chesf, com data a ser marcada.

Segundo o democrata, o PT criticava a área energética do presidente Fernando Henrique, mas no governo petista a situação piorou muito com instabilidade, esvaziamento das empresas, problemas de manutenção, deficiencia extrema na regulação e enfraquecimento do sistema como um todo.

O debate com o ministro interino de Minas e Energia deve discutir problemas como os investimentos previstos para o setor elétrico até 2021.