Aldo Vilela entrevista Augusto Coutinho O deputado federal Augusto Coutinho, do Democrtas, defende a desconcentração das receitas que estão com a União e o fortalecimento dos Estados e municípios.
Segundo o parlamentar democrata, há necessidade de repensar urgentemente o sistema federativo no Brasil, mas o assunto só vem à tona quando surgem questionamentos sobre guerra fiscais entre os Estados. “Você pega o Brasil há 20 anos.
De tudo o que era arrecadado 55% ficava com o Governo Federal 45% ficava com Estados e municípios.
Hoje, quase 70% ficam com o Governo Federal.
Ao longo desses tempos o governo criou as contribuições que não são repartidas com Estados e municípios, só os impostos”, afirma o parlamentar.
Coutinho ainda ressaltou que prefeitos e governadores estão completamente desassistidos.
E diz que a totalidade dos prefeitos brasileiros vive a mercê da base política da presidente Dilma. “Ter um prefeito que queira se aliar a você e você ser de oposição é difícil.
Isso quebra além de tudo a responsabilidade e identidade política das pessoas”, alerta o deputado federal, que tem criticado a queda do FPM nos municípios pernambucanos.
Em meio a inúmeras especulações e movimentos em torno da fusão do Democratas com uma outra legenda, o deputado federal Augusto Coutinho já tem a sua predileção caso isso ocorra.
O parlamentar pernambucano revelou que, se fosse escolher uma legenda para desembarcar, “pessoalmente” ele optaria pelo PMDB. “Temos tempo para isso.
A rigor temos até o próximo ano (para definir o rumo do partido)”, disse Coutinho.
Com fim das eleições, Augusto Coutinho já estuda PMDB e PSDB para fundir o DEM Defensor da reforma política, Coutinho disse que a cada eleição a situação tem piorado principalmente por conta da estrutura financeira, atualmente imprescindível para a garantia de uma vitória nas urnas. “É preciso que quem comanda o País, o Poder Executivo, tenha a decisão política de fazer a reforma.
O Congresso tem diversos pequenos partidos políticos.
A base da presidente da República é formada de grande e pequenos partidos.
A maioria é de pequenos partidos, que reagem a uma reforma”, disse o deputado.
O democrata lembrou que o tucano Fernando Henrique Cardoso prometeu fazer a reforma e não fez em oito anos de governo.
O mesmo ocorreu nos dois mandatos de Lula e agora continua apenas na promessa na gestão de Dilma.