Foto: divulgação/Heinrich Aikawa Da Agência Estado Criado para fornecer ao público o acervo pessoal do ex-presidente da República, o Instituto Lula virou um gabinete paralelo de poder do PT.

Do sobrado de vidros escuros, vigiado por câmeras e protegido por cerca elétrica no bairro Ipiranga, zona sul da capital, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva define estratégias e toma decisões que sobrepõem, muitas vezes, a própria instância partidária.

Após encontro no Instituto Lula, PP fecha aliança e tira o PT do isolameto Lula promete a Humberto vir ao Recife Eduardo Campos deve encontrar Lula no dia 16, no Instituto Lula, em São Paulo Foi dali que Lula traçou boa parte das estratégias eleitorais do PT nas eleições municipais.

Dali também conteve, semana passada, o ímpeto de alguns petistas de divulgar um manifesto em defesa dos condenados no julgamento do mensalão.

Na noite da última quarta-feira (31), Lula recebeu no instituto o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o ex-presidente do PT José Genoino e convenceu ambos de que não se tratava do momento ideal para manifestações.

A instituição foi criada com base na Lei 8.394/91, que atribui a ex-presidentes a responsabilidade de tornar acessível ao público o acervo privado obtido no exercício do cargo.

Pelo estatuto, trata-se de algo “apartidário e independente de partidos políticos”.

No início da disputa eleitoral, a estrutura foi ampliada com o aluguel de um sobrado vizinho para a instalação de um estúdio.

O prédio de três pavimentos tem área de lazer com piscina.

No local foi gravada a propaganda para candidatos petistas de mais de 90 cidades, com participação de Lula - foi uma maneira de facilitar sua aparição em programas de TV, já que o ex-presidente se recupera do tratamento contra um câncer na laringe.

Na terça-feira passada (30), a agenda privada do ex-presidente incluiu as visitas do megaempresário Eike Batista e do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, advogado de um dos réus do “mensalão”.

Reuniões partidárias com as presenças de dirigentes petistas, como o presidente nacional Rui Falcão, o secretário geral de Organização Paulo Frateschi e o líder do partido na Câmara dos Deputados, Jilmar Tatto, costumam avançar a noite.

Com a eleição de Fernando Haddad em São Paulo, o instituto passou a ser referência também para a composição do novo governo.

Na quinta-feira, Lula recebeu Marcio Pochmann, candidato petista derrotado em Campinas, para discutir seu aproveitamento na equipe de Haddad.

As informações são do jornal O Estado de S.

Paulo.