(Foto: Clemilson Campos/JC Imagem) Da Agência Estado O debate sobre renovação partidária no PSDB, que surgiu na esteira de sua derrota na disputa pela Prefeitura de São Paulo, está longe de ser ponto pacífico no partido e se baseia, principalmente, na emancipação de novos representantes de antigas dinastias políticas.
Dividido desde a derrota presidencial de 2010, o PSDB esbarra em dificuldades para unificar o debate.
Há quem defenda espaço para novas gerações.
Há quem diga que não é uma questão geracional, mas de ideias. “Para mim, a questão da renovação está muito mais ligada às ideias do que à certidão de nascimento”, disse o deputado Vaz de Lima, aliado do candidato derrotado do PSDB à Prefeitura, José Serra. “O que define o novo não é uma categoria.
Nada mais velho que o novo do PT. É uma questão “a-histórica” e, portanto, apolítica”, afirma o senador Aloysio Nunes Ferreira (SP).
A discussão deixa evidente a divisão no PSDB entre os que querem o enfraquecimento do eixo paulista e o surgimento de uma nova hegemonia de poder, com maior participação do Norte e Nordeste, onde o presidenciável Aécio Neves (MG) costura parte do seu prestígio interno.
No último domingo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi o primeiro a defender renovação: “O momento é de mudança de gerações.
Isso não quer dizer que os antigos líderes vão desaparecer.
Eles têm apenas que empurrar os novos para a frente”.
Aécio também falou em espaço para a nova geração como forma de “fortalecer o PSDB”.
Serra não gostou das declarações que relacionavam a derrota à questão geracional.
Procurou tucanos para dizer que a tese da renovação era “pauta petista”.
As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo.