(Foto: Chico Bezerra/CB Imagem) Por Juliane Menezes, no Jornal do Commercio desta quarta-feira Para quem pretende alcançar uma prefeitura, é fundamental formar coligações fortes e ter na base de apoio partidos de influência nacional.
Nessa arte, o prefeito reeleito de Olinda, Renildo Calheiros (PCdoB) mostrou tirar de letra ao formar uma base de apoio de nada menos que 21 partidos.
Com algumas alianças inclusive inusitadas, como ter o apoio dos tucanos, que até pouca tempo faziam ferrenha oposição na cidade.
Passada as eleições, surge o “problema”: como agregar tantos aliados na prefeitura?
Embora a maioria afirme que a aliança não foi baseada em cargos, ninguém esconde que existe uma expectativa nesse sentido.
O prefeito, por sua vez, se mantém em silêncio em relação às negociações e como fará a distribuição do novo secretariado.
Os tucanos aguardam um posicionamento do prefeito.
Quem está tratando da possibilidade de cargos para o PSDB em Olinda é o presidente estadual da sigla, Evandro Avelar, que garantiu que os tucanos apoiarão Renildo durante a gestão independentemente de secretarias.
Entretanto, não escondeu a expectativa de contar com um secretário tucano no município, comparando com a situação de Jaboatão dos Guararapes, em que o PCdoB apoia o governo do tucano Elias Gomes: quem comanda a secretaria de Esportes e Lazer é o comunista Marcos Sanchez.
O presidente do PSDB em Olinda, o vereador eleito Jesuíno Gomes, garantiu que não ambiciona uma secretaria e que quer mesmo cumprir seu mandato na Câmara.
Mas admitiu que “geralmente uma aliança dessas tem a ver com a negociação de secretarias”.
Como é de praxe, ressaltou, contudo, que independentemente disso a aliança está mantida e que votará com o governo na Câmara.
Já a ex-deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB) - que foi pré-candidata à prefeitura da cidade e crítica da gestão de Renildo até o PSDB retirá-la da disputa para apoiá-lo - disse que “quando há uma aliança, há uma reciprocidade”, também indicando a expectativa de que os tucanos ocupem o governo.
Perto de voltar à Assembleia, em janeiro, ela afirmou ainda que não sabe se o partido continuará na base do governo, pois isso “dependerá das negociações”.