Foto: Clemílson Campos/JC Imagem Após consecutivas reclamações ao PT, o governador Eduardo Campos (PSB) preferiu passar longe de polêmicas com os aliados, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (29), para comentar o resultado do segundo turno das eleições municipais.

Ao ser questionado se os petistas precisavam valorizar mais o PSB após os bons resultados nas urnas, o socialista brincou: “hoje eu resolvi só falar de coisas boas.

Hoje não é dia de reclamar”. “Temos uma relação de respeito com Dilma, uma relação de companheirismo.

Apoiamos seu governo”, tratou de afirmar.

Eduardo quebra o gelo com Humberto No meio de coletiva sobre segundo turno, Eduardo recebe ligação de Dilma Na reta final da campanha, Eduardo cobrou apoio dos petistas, lembrando que apoiava o PT em 11 das 17 capitais, enquanto que era apoiado em apenas uma.

Ele também enviou uma carta à presidente Dilma reivindicando mais recursos para combater a seca e criticou o apagão que atingiu os nove estados do Nordeste e parte do Norte na semana passada.

No fim do primeiro turno, o governador, que é cotado para se candidatar a presidente em 2014, também começou a construir um discurso mais enfático de oposição, defendendo uma discussão em torno do pacto federativo.

Sobre a cobrando de investimento do governo federal no combate à seca, Eduardo explicou que foi um pedido da própria presidente o envio de notícias sobre a situação. “Temos um comitê estadua de monitoramento da seca que foi criado a pedido dela.

Toda semana nos reunimos e enviamos para ela uma cópia do resultado do encontro”, explicou.

Só que, além da presidente, Eduardo também enviou a cobrança à imprensa.

Em relação à defesa de um novo pacto federativo, o gestor disse que sempre quis discutir a pauta, inclusive quando era deputado e ministro.

Já sobre o apagão, Eduardo retomou as críticas. “O fato de haver um apagão tem que ser apurado, pode ser falha na manutenção, um acidente, há vários fatores.

O fato é que não é natural que se leve três horas e 40 minutos para religar um sistema como este.

Os técnicos da área dizem que [o religamento] dura de 30 a 40 minutos”, observou. “Afirmou isto com a responsabilidade que tenho de falar pelas casas e pelos prédios públicos, como hospitais, que ficaram sem energia”.

Após romper aliança com o PT em importantes cidades, o PSB saiu fortalecido das urnas.

Crescimento que Eduardo classificou como “extraordinário”.

De acordo com ele, a legenda cresceu 42% em número de prefeitos eleitos e 101% em quatidade de habitantes que o PSB governará a partir de 2013.

Além disso, os socialistas, no segundo turno, venceram em todos os municípios onde disputou diretamente contra o PT, como em Campinas (PT) e Fortaleza (CE).

Na primiera votação, já havia derrotados os petistas em Belo Horizonte (MG) e no Recife. 2014 - Ainda na linha de evitar polêmicas com o PT, Eduardo evitou falar sobre a sucessão de Dilma, em 2014. “2014 deve ficar para o tempo certo.

Para o Brasil, quanto mais deixarmos 2014 para 2914 será melhor.

Vamos cuidar de outras prioridades, como o marco regulatório do petróleo e a discussão do novo federalismo”.